Programa Músico Empreendedor

domingo, 24 de julho de 2016

Festival As 4 Estações começa em São Paulo e celebra a música instrumental com programação que vai do erudito ao eletrônico

Primeira edição do evento acontece entre os dias 21 e 24 de julho na Casa das Caldeiras, Barra Funda, com entrada gratuita.




São Paulo vive uma nova experiência musical com o Festival As 4 Estações, que celebra a música clássica e instrumental em uma programação variada, com destaque para a apresentação da Camerata Latino Americana, que irá executar “As Quatro Estações”, de Vivaldi, acompanhada por projeções de videomapping em toda a estrutura fabril e imponente da Casa das Caldeiras, na Água Branca. O festival é gratuito e o patrocínio é da empresa Syngenta.

A programação completa do Festival As 4 Estações também inclui várias outras vertentes da música instrumental. “Afrobeat, funk, soul e música eletrônica, todas estas experimentações, junto do erudito, na Casa das Caldeiras! É um evento para aquecer o inverno paulistano”, comenta Ricardo Rodrigues, curador musical do festival.

No line-up, novas bandas da atual cena brasileira. O rock lisérgico vem com o show da Aeromoças e Tenistas Russas, enquanto a cumbia, o funk carioca e outras referências latinas estão presentes nas criações do Muntchako. Nas pick-ups de Craca, o eletrônico experimental domina a sonoridade do músico e VJ e dos arranjos da Nômade Orquestra, o público vai curtir um som com traços étnicos misturado ao jazz.

No sábado, destaque para a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, que incendeia a Casa das Caldeiras com todo seu ska-reggae, e, no domingo a Orquestra Voadora envolve o público que no mesmo dia ainda será hipnotizado pelos transcendentais do grupo Pedra Branca. Oficinas artísticas também fazem parte da programação na sexta-feira.

A Camerata Latino Americana se apresenta no domingo, 24 de julho, acompanhada por projeções de mapping 360⁰ da Visualfarm, produtora brasileira pioneira no desenvolvimento de novas linguagens visuais. Música e imagens se complementarão para transformar o concerto em uma experiência sensorial única, cuja principal narrativa será a celebração da progressão da passagem das estações do ano e suas relações com o que nelas é semeado. Para Pablo Casabianca, Diretor de Assuntos Corporativos da Syngenta, “é um privilégio para nós poder participar de iniciativas culturais no Brasil, especialmente de projetos como o Festival As 4 Estações, que além da qualidade artística, destaca a relação do homem com a natureza."

Primeira apresentação da Camerata Latino Americana acompanhada pelas projeções da Visualfarm na última quinta-feira, 21 de julho. Foto: Pedro Marguerito

“O espetáculo cerca o espectador em uma ambientação completa de som, luzes, imagens, laser, efeitos especiais e projeções mapeadas. Se muitas vezes a música clássica nos induz a fechar os olhos para melhor apreciá-la, desta vez queremos proporcionar uma intensidade de experiência multisensorial, que transporte o espectador ao universo do século XVIII”, comenta Alexis Anastasiou, diretor artístico da Visualfarm.

A regente Simone Menezes completa: "o mais interessante do festival é o caráter pós-moderno que ele oferece, a criação de um ambiente jovem e inédito onde a arte visual elevará a intensidade da música, permitindo novas sensações por parte do público”.

Essa é a proposta do Festival As 4 estações, uma conexão pautada nas ilimitadas possibilidades poéticas do som e da imagem. É música instrumental para todas as temperaturas.


Confira a programação completa abaixo:
Sábado - 23/07
18h - Nômade Orquestra
20h - Black Mantra
21h – DJ Thiagão
22h - Orquestra Brasileira de Música Jamaicana

Domingo - 24/07
16h – Patricktor4 (Jardim)
17h - Aeromoças e Tenistas Russas (salão principal)
18h - Muntchako (salão principal)
18h - Orquestra Voadora (jardim)
18h - Craca (sub-solo/térreo)
19h Patricktor4 (jardim)
19H - VJ Jovem (sub-solo/térreo)19h - Pedra Branca (salão principal)
20h30 - Camerata Latino Americana com projeção de video mapping Visualfarm

SERVIÇO

Festival As 4 Estações
Data: 21 a 24 de julho de 2016
Horário: 23 de julho, às 17h e 24 de julho, às 16h
Local: Casa das Caldeiras (Av. Francisco Matarazzo, 2000, Água Branca- São Paulo - SP)
Ingresso: Grátis
Classificação Etária: Livre
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sexta-feira, 15 de julho de 2016

MICHEL TEMER CANCELA PARTE DOS SHOWS NAS OLIMPIADAS

Por: Claudia Souza

Michel Temer, presidente interino, cancelou algumas apresentações de teatro e musicais, durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Após ter destituído do cargo a antiga comissão petista do Ministério da Cultura, Michel Temer declarou que a programação cultural relativa às Olimpíadas estava seriamente comprometida, em virtude dos atrasos no cronograma e no planejamento.

Nota do Presidente:

"A nova gestão do Ministério da Cultura, encontrou a programação relativa às Olimpíadas seriamente comprometida, por atrasos no cronograma e no planejamento. Do pacote de R$ 85 milhões anunciado, apenas R$ 9.969.439 milhões estavam empenhados até maio. Parte dos investimentos previstos pela antiga gestão da Funarte estava superdimensionado e incluía a realização de obras estruturais em equipamentos sob custódia privada, com destinação de volume excessivo de recursos para um único projeto. O Ministério da Cultura vai reavaliar tais iniciativas sob o ponto de vista jurídico".

Segundo o ex- Ministro da Cultura Juca Ferreira, justificou no lançamento dos trabalhos para as Olimpíadas: - "Serão muitas pessoas mobilizadas para os Jogos, uma audiência que somada deve chegar a cinco bilhões de telespectadores, um milhão de turistas no Rio, então, é importante disponibilizar uma série de eventos para que essas pessoas estabeleçam uma relação positiva com o Brasil. Essa programação vai dar um reforço para a Olimpíada de dimensões inimagináveis, isso fica como afirmação do País", disse o então ministro, à época do evento de apresentação.De acordo com a nota de maio, os R$ 85 milhões serviriam para "contratar estrutura, pagamento de publicidade dos eventos e pagamento de cachê".

A notícia caiu como uma bomba no meio musical, só no projeto "Piano no Arpoador" se apresentariam cerca de setenta pianistas, com cachês vergonhosos de apenas R$4 mil, que comparados às contas de restaurante dos amigos do famigerado "Trust" de Eduardo Cunha, não passam de meras caixinhas, levando em conta o tempo de estudo e aperfeiçoamento que estes artistas têm que ter. 

Como é de se esperar, a situação econômica do país é caótica e o povo não sabe a verdadeira situação, haja vista a necessidade de rever contratos de valores tão pequenos, enquanto alguns, ganham cachês enormes por um único show. 

É notadamente sabido que os contratos superfaturados que devem ter sido assinados pela gestão anterior, provocariam novas pedaladas fiscais após as Olimpíadas, mas a  presidente Dilma desconhecia o desfecho do seu processo de impeachment na época. 

O fato é que o cancelamento dessas apresentações respinga nos pequenos, naqueles que produzem a arte com muitas dificuldades e são os que "pagarão o pato" dessas consequências, pois muitos cancelaram compromissos para ganhar mais em detrimento de participar das apresentações nas Olimpíadas pelo glamour histórico do evento em suas carreiras. 

Resta saber, quem arcará com o prejuízo financeiro dos artistas que perderam apresentações em virtude da reserva da data e outros que tiveram prejuízo moral, pois já vinham divulgando suas apresentações nas redes sociais e na imprensa. 

É lamentável que o evento das Olimpíadas venha carregado de tantos males como epidemias de zika vírus, riscos de ataques terroristas e agora, será apenas uma "festinha" silenciosa e anticultural, com uns poucos artistas privilegiados de cachês milionários, e  ainda teremos muita sorte se as apresentações tiverem alguma relevância cultural e qualitativa.

Ao que tudo indica, as "Medidas Antipopulares" de Temer começaram pelos artistas e até onde irão chegar? - As consequências de um mal planejamento por parte do Ministério da Cultura em sua gestão anterior, ao invés de favorecer as famosas "bases" estão complicando cada vez mais a vida de todo mundo. 


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais reúne mais de 100 gestores da Cultura

Foto: Divulgação
Na quinta-feira, 23 de junho no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, foi lançado o Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais, que reuniu cerca de 100 gestores culturais de vários estados do Brasil. No encontro, o coletivo já realizou a sua primeira reunião de trabalho com o objetivo de estabelecer uma agenda comum para o setor e fornecer subsídios para a centralidade da cultura nas políticas públicas do país.

O grupo reúne organizações, instituições, coletivos e associações representativas do setor cultural (música, artes cênicas, artes visuais, literatura, audiovisual, arquitetura, game, design, promoção de direitos, entre outras áreas), além de museus, galerias, orquestras, instituições culturais e bibliotecas. Juntos, irão atuar no diálogo com as diferentes instâncias de governo, classe política e com a sociedade para estabelecer diretrizes e ampliar o desenvolvimento do setor. O Fórum representa parte importante do mundo da cultura e será um polo ativo de defesa da produção cultural e de políticas públicas em torno do tema.

Um dos pontos centrais da agenda será a mobilização para que órgãos competentes criem indicadores sobre a economia da cultura. Hoje não existem dados precisos sobre o número de empregos gerados, participação no PIB, recursos investidos, impostos recolhidos e outros dados fundamentais para situar a cultura no cenário econômico brasileiro.

A existência de um consistente programa de formação, difusão e fomento ao artista também foi palco de debate no encontro. Nesse sentido, constatou-se a necessidade da reformulação da Fundação Nacional de Artes (Funarte) com objetivo de garantir sua presença nacional, ter um quadro qualificado e valorizado de profissionais e recursos financeiros capazes de atender à demanda das artes - além de uma política perene e que gere legado para o campo artístico.

Outra pauta desse Fórum é a busca pelo reconhecimento da profissão de gestor cultural junto ao Código Brasileiro de Ocupações (CBO), tendo em vista a existência de milhares de profissionais dedicados a esta atividade no mercado de trabalho, além da profunda necessidade de um amplo programa de educação e de qualificação profissional para o mundo da cultura.

O Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais também se propõe a levar adiante a discussão em torno da melhoria e de avanços para a Lei Rouanet. A plataforma foi fundamental ao longo dos últimos 25 anos para fortalecer o sistema da cultura e viabilizar a atividade, mas percebe-se que a Lei deve ser aprimorada e potencializada para que se aprofundem seus princípios ​​democráticos, ​ampliando recursos para atender ainda mais e melhor aos diversos segmentos, bem como a todas as regiões do país. Entre pontos essenciais para a sua reformulação estão: aprimorar sua governança; gestão eficaz, definitiva implantação do FICART e fortalecimento do FNC.  

Ainda é foco de atuação do Fórum criar um conjunto efetivo de propostas para serem levadas aos candidatos às prefeituras e às câmaras dos principais municípios do país. Com a proximidade das eleições e pelo fato de que o espaço das cidades é determinante para ações artísticas e culturais, torna-se fundamental a compreensão dos gestores públicos sobre a necessidade de implantação de sólidas políticas culturais.

O Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais criou grupos de trabalho para aprofundar as discussões dos temas acima e que apresentarão propostas - tendo como objetivo despertar na sociedade e no poder público a importância da cultura como campo de formação, plataforma de geração de emprego e renda, apoio à construção de pensamento crítico, exercício da cidadania e de desenvolvimento socioeconômico do país. Nesse contexto, é de alta importância que a centralidade da cultura nas políticas públicas seja compreendida como um novo paradigma para uma real transformação do Brasil.