Programa Músico Empreendedor

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ecad distribuiu mais de R$ 5,3 milhões de direitos autorais referentes aos festejos juninos de 2015

13.205 titulares de músicas receberam direitos autorais do Ecad pelas obras executadas nos eventos de São João deste ano

Em setembro, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), instituição que trabalha na defesa dos direitos autorais de compositores, intérpretes e músicos quando são utilizadas músicas em locais públicos, distribuiu mais de R$ 5,3 milhões para 13.205 titulares de música (compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos) e associações pelas obras executadas nos festejos, arraiás e shows de festas juninas.

No segmento de “Festas Juninas, que considera as músicas captadas em festejos populares, escolas, e quermesses, os compositores Gonzagão, Mario Zan, Tato, Zé Dantas e Palmeira foram os cinco artistas que mais receberam direitos autorais este ano. No ranking das obras mais tocadas nestes eventos aparecem os clássicos “Festa na roça”, “O sanfoneiro só tocava isso”, “Olha pro céu”, “Asa Branca” e “Pagode Russo”. A metodologia adotada pelo Ecad para distribuição dos valores arrecadados deste segmento é certificada pelo Instituto IBOPE Inteligência, referência no mercado de pesquisa e especializado em estudos qualitativos e quantitativos nas áreas de opinião pública, política e mercados, entre outras.

Já no segmento “shows de festas juninas”, que considera somente os shows ao vivo, Dorgival Dantas, Gonzagão, Victor Chaves, Barros Neto e Magno Santana foram os cinco autores com maior rendimento. No topo da lista das obras mais tocadas nestes shows estão “Maus bocados”, “Nocaute”, “Porque homem não chora”, “Não tô valendo nada” e “Até você voltar”.

No caso dos autores já falecidos, são os seus herdeiros que recebem os direitos autorais de execução pública musical até 70 anos após a morte do autor.

Confira abaixo todos os rankings relativos à distribuição de festa junina feita pelo Ecad.


Tribulus Terrestre e Maca Peruana - Sabor Limão - Nutry Power

Dani Turcheto apresenta "LapaemendoucomaPompéia" no Jongo Reverendo em São Paulo

A crônica de dois bairros que se engolem numa metrópole como São Paulo cantada por um sambista do século 21 com uma linguagem que remete à origem do gênero nas plantações de escravos. É o show de Dani Turcheto de “LapaemendoucomaPompéia”, que acontece dia12 de novembro, no Jongo Reverendo, às 22h.

A apresentação conta ainda com duas participações especiais. Kika e Ligiana Costa farão os coros, além de mostrarem seu talento em um momento reservado para cada uma.

Dani Turcheto começou ainda criança no cavaquinho no multicultural bairro da Pompéia em São Paulo. Das rodas de samba chegou ao primeiro trabalho autoral em 2009, “Sobremesa”, produzido por Zé Nigro.

O disco seguinte, “Madeira Torta”, de 2012, gravado em Nova York e produzido por João Erbetta o levou a duas turnês europeias, entre 2012 e 2013, e retorno ao lar, ao bairro onde nasceu, foi o estopim deste “LapaemendoucomaPompéia”.

Disco e show que submetem os modernos arranjos às células rítmicas africana e do samba, foi gravado da maneira mais orgânica possível, quase tudo ao vivo. É o samba na nascente e na transformação. Como deve ser.

Serviço:
Dani Turcheto no Jongo Reverendo
Data:12/11 – quinta-feira
Horário: 22h
Local: Jongo Reverendo – Rua Inácio Pereira da Rocha, 170
Entrada:
R$15 (lista @jongoreverendo.com.br)
R$20 (porta)


Tribulus Terrestre e Maca Peruana - Sabor Limão - Nutry Power

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sesc Pinheiros recebe o show "Gil 70" (24/10)‏



O palco do Teatro Paulo Autran, do Sesc Pinheiros, recebe o show “Gil 70”, com o cantor Lucas Santtana e a banda Bixiga 70. A apresentação ocorre no dia 24 de outubro (sábado), às 21h. Os ingressos vão de R$ 12 (credencial plena) a R$ 40(inteira).

A homenagem é composta por músicas do repertório de Gilberto Gil gravadas ao longo dos anos 1970, período no qual o compositor se alimentou de várias referências e ritmos, como africanos, jamaicanos e latinos. No show, essas canções ganham novas versões impulsionadas pelo swing afro­pop dançante da Bixiga 70 e pelo vocal marcante de Lucas Santtana. Dentre as canções selecionadas, estão "Refazenda", "Realce", "Abalapalá" e "Ela", além de canções do Bixiga 70 e de Lucas Santtana.

Nos anos 60, Gil e seus colegas de movimento Tropicalista criaram não somente um material artístico de alto nível, como também conduziram grandes transformações na sociedade, inspiradas pelos questionamentos da contra cultura. Obrigado a deixar o país, Gil foi exilado em Londres, onde gravou um disco ao vivo, em inglês: “Gilberto Gil 1971”.

No ano seguinte, voltou ao Brasil e gravou “Barra 69”, com Caetano Veloso, e seu antológico ”Expresso 2222”. Ainda no início dessa década, lançou "Gil e Jorge", com Jorge Ben Jor, "Os Doces Bárbaros", com Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia, e a trilogia conceitual: "Refazenda" ­ "Refavela" ­ “Realce”, na qual ele mostra sua abertura estética e sua atenciosa pesquisa de ritmos e ambientes.

Sobre Lucas Santana

Lucas Santtana tocou flauta na banda de Gilberto Gil por 3 anos e com ele gravou o antológico disco "Gilberto Gil Acústico MTV" em 1994. Como compositor, teve suas músicas gravadas por Marisa Monte, Fernanda Abreu, Arto Lindsay, Adriana Calcanhoto, dentre outros. Como cantor, tem 6 discos gravados. O primeiro, "Eletro Ben Dodô", entrou na lista dos 10 melhores discos de 2000 pelo jornal The New York Times. Já o seu “Sem Nostalgia” (2006), entrou na lista dos 10 melhores discos do ano na Folha de São Paulo, Estadão, Jornal O Globo e Rolling Stone. O disco foi lançado na Europa em 2011 e eleito o melhor disco estrangeiro pelo jornal Liberation. Foi eleito também o 6º melhor disco do ano pela revista francesa de música Le Inkorruptibles. Seu 5º disco, “O Deus Que Devassa Mas Também Cura” (2012), foi eleito melhor disco independente pelo Prêmio Contigo­MPB FM de Música e indicado no VMB MTV como melhor Artista Masculino e melhor capa.

Sobre Bixiga 70

A banda nasceu da junção de dez músicos conhecidos da cena paulistana que têm em comum trabalhos desenvolvidos no estúdio Traquitana, localizado no número 70 da Rua Treze de Maio, no coração boêmio do centro de São Paulo. Os integrantes do Bixiga70 colaboram com diversas bandas e artistas como Junio Barreto, Rockers Control, Anelis Assumpção, Projeto Coisa Fina, ProjetoNave, Leo Cavalcanti, Funk Como Le Gusta e Banda Black Rio. Exploram elementos das músicas brasileira, latina e africana para criar temas dançantes e inspirados. Considerado por muitos o berço do samba paulistano, o bairro do Bixiga também hospeda e alimenta a imaginação desses dez músicos que buscam estreitar laços entre passado e futuro por meio de uma leitura da música cosmopolita de países como Gana e Nigéria, dos tambores dos terreiros e do samba, da música malinké e de uma atitude despretensiosa e sem limites para o improviso e a dança. A versatilidade do Bixiga70 conta com os ritmos africanos da bateria de Décio 7 e dos percussistas Rômulo Nardes e Gustávo Cék, riffs suingados de Marcelo Dworecki (baixo) e Cris Scabello (guitarra); teclados psicodélicos de Maurício Fleury (piano e guitarra); além do improviso do quarteto de metais, imerso no universo do jazz e do funk – Cuca Ferreira (sax barítono e flautim), Daniel Nogueira (sax tenor), Douglas Antunes (trombone) e Daniel Gralha trompete).

No final de 2011 o grupo lançou seu primeiro disco, homônimo, pelo selo ÁguaForte, com co­produção de Victor Rice. “Bixiga 70” está disponível na íntegra para download no site da banda e tem versões em vinil e CD. O disco figurou nas listas de melhores do ano das publicações Rolling Stone Brasil, Estado de São Paulo, Revista Brasileiros, O Globo, dos sites UOL, Vírgula, MTV, Território Eldorado, Mix TV e dos blogs URBe, Trabalho Sujo, Meio Desligado, Miojo Indie, Embrulhador, La Cumbuca, entre outros. A faixa “Tema di Malaika” e sua versão dub foram lançadas também em edição especial limitada em vinil compacto 7″. No início de 2012 o Bixiga 70 recebeu uma recomendação no jornal inglês The Guardian além de ter sido considerado o grande destaque dos festivais Rec­Beat (Recife­PE), Nova Consciência (Campina Grande­PB) e Conexão Vivo (Belo Horizonte­MG). Considerado pela crítica “O show mais quente da cidade”, o grupo acumula outras inúmeras apresentações de sucesso em casas de espetáculos de São Paulo, Osasco, Araraquara e São Carlos, com destaque para shows no Auditório Ibirapuera, no Festival Contato, no Cine Jóia com Antibalas (EUA), nos projetos Prata da Casa do SESC Pompéia, São Paulistas, Instrumental SESC Brasil e nas companhias de Ray Lema (Congo), Seun Kuti (Nigéria), Lazzo Matumbi e Gilberto Gil.


SERVIÇO
“GIL 70” – COM LUCAS SANTTANA BIXIGA 70
Local: Teatro Paulo Autran (1.010 lugares)
Dia: 24 de outubro, sábado, às 21h
Duração: 90 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 10 anos.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira). R$ 20,00 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). R$ 12,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). Ingressos à venda pelo Portal www.sescsp.org.br a partir de 13/10 (terça-feira), às 16h30, e nas bilheterias do SescSP a partir de 14/10 (quarta-feira), às 17h30. Venda limitada a quatro ingressos por pessoa. Não é permitida a entrada após o início do espetáculo.

SESC PINHEIROS
Endereço: Rua Paes Leme, 195.


Bilheteria: Terça a sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10h às 18h.
Tel.: 11 3095.9400.

Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 22h; Sábado, domingo, feriado, das 10h às 19h. Taxas / veículos e motos: Matriculados no Sesc: R$ 7,50 nas três primeiras horas e R$ 1,50 a cada hora adicional. Não matriculados no Sesc: R$ 10,00 nas três primeiras horas e R$ 2,50 a cada hora adicional. Para atividades no Teatro Paulo Autran, preço único: R$ 7,50.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

2º PRÊMIO GRÃO DE MÚSICA – EDIÇÃO 2015

A cerimônia de entrega dos troféus será em São Paulo, na Sala Olido (Galeria Olido) com a Mostra de Música do Prêmio Grão de Música

O Prêmio Grão de Música é um espaço de valorização e promoção da música brasileira de todas as regiões do país e, especialmente, dos(as) artistas que a representam. Seu principal objetivo é referendar trajetórias e obras artísticas.

Projeto idealizado pela cantora e compositora Socorro Lira, teve sua primeira edição em novembro de 2014 em cerimônia realizada na cidade de Salvador – Bahia. A partir de então, será realizado anualmente.

O PGM premiará a diversidade musical do Brasil. Os ganhadores(as) receberão um troféu criado por Elifas Andreato, uma escultura fundida em bronze. Além disso, participarão da coletânea Grão de Música publicada em CD e disponibilizada no site do prêmio para audição e download gratuito.

A coletânea, que teve sua primeira e segunda edições gravadas em 2009 e 2014 respectivamente, está em sua terceira edição neste ano - 2015, para continuar reunindo novas canções vindas de talentos das mais variadas regiões do país.

A escolha dos(as) contemplados(as) é feita por convite da comissão organizadora do Prêmio Grão de Música e passa por critérios delineados por esta comissão. Tais critérios, embora de caráter subjetivo, buscam garantir que se cumpram os objetivos principais desta iniciativa e obedecem a um regulamento básico, disponível no sítio www.premiograodemusica.com.br .


QUEM VAI CANTAR
Faz parte da cerimônia, um show com quatro dos ganhadores e ganhadoras do PGM: Thamires Tannous, Luis Felipe Gama e Ana Luiza, Claudio Lacerda e o duo brasileiro Couple Coffee, formado por Luanda Cozetti e Norton Daiello que residem em Lisboa.

Thamires Tannous é cantora e compositora, dona de uma voz delicada e intensa, nascida em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Lanou seu primeiro disco autoral em 2014, com produção e arranjos de Dante Ozzetti.

Claudio Lacerda. Dividiu palco ou faixas de seus três discos com Dominguinhos, Renato Teixeira, Miriam Mirah, Pena Branca, Tetê Espíndola, Lula Barbosa, entre outros. Venceu por três vezes o Prêmio Nacional de Excelência da Viola Caipira, do Instituto Brasileiro da Viola Caipira.

Luis Felipe Gama e Ana Luiza. Ao explorar a canção brasileira entre os limites do popular e do clássico, do instrumental e do que é palavra pura, Luis Felipe Gama e Ana Luiza colecionam elogios dos mais exigentes críticos de música. São Naturais de Santos – SP.

Couple Coffee é formado por Luanda Cozetti (voz) e Norton Daiello (contrabaixo), artistas brasileiros residentes em Portugal. Tem cinco CDs publicados, todos em naquele país Portugal sendo, dois deles, dedicados à obra do compositor Zeca Afonso.

SERVIÇO
2º PRÊMIO GRÃO DE MÚSICA – EDIÇÃO 2015
Local: Sala Olido – Avenida São João, 473 - Centro, São Paulo - SP
Data: 5 de Dezembro de 2015, às 18h
Entrada franca
Classificação: 14 anos (acompanhado do responsável)



terça-feira, 13 de outubro de 2015

Selo Sesc lança CDs ao vivo dos gigantes do jazz Anthony Braxton e Roscoe Mitchell

Roscoe Mitchell
Tony Braxton
Gravações aconteceram durante as duas últimas edições do Jazz na Fábrica, que reúne o melhor do gênero

Apreciadores de jazz já podem se preparar. O Selo Sesc, divisão do Sesc São Paulo, prepara para outubro o lançamento de CDs ao vivo de dois gigantes do gênero: Anthony Braxton e Roscoe Mitchell. Referências musicais desde os anos 1960 e reconhecidos internacionalmente, os americanos, ambos de Chicago, participaram do já tradicional Festival Jazz na Fábrica, que acontece no Sesc Pompeia desde 2011, e agora terão essas apresentações relembradas em discos.

Os dois CDs são “Ao Vivo Jazz na Fábrica – Roscoe Mitchell/Sustain and Run”, gravado na terceira edição do festival, em 2013, e “Ao Vivo Jazz na Fábrica – Anthony Braxton”, gravado em 2014. No primeiro, Mitchell mostra a arte do improviso e sua habilidade com a família do saxofone (do sopranino ao saxofone baixo), a flauta doce, a flauta piccolo, o clarinete e a flauta transversal.

Já o CD de Braxton traz as músicas interpretadas pelo conjunto que o acompanhou, o Anthony Braxton Quartet, composto por Mary Halvorson (guitarra e efeitos), Ingrid Laubrock (sax tenor) e Taylor Ho Bynum (trompete, flugelhorn e trombone), em uma mistura de elementos eletrônicos interativos e formas radicais presentes na música de Braxton.

O “Ao Vivo Jazz na Fábrica – Anthony Braxton” e “Ao Vivo Jazz na Fábrica – Roscoe Mitchell/Sustain and Run” custarão R$ 20,00 cada e serão vendidos nas unidades e no link http://www.sescsp.org.br/livraria. Além destes dois discos, o Selo Sesc também prepara o CD “Ao Vivo Jazz na Fábrica – William Parker”, que se apresentou este ano no festival.


Anthony Braxton

Anthony Braxton contempla um público interessado em música contemporânea, jazz e improvisação. O instrumentista gosta de ter seu trabalho caracterizado como “creative music”. Utilizando das raízes afro-americanas à música de vanguarda europeia, é uma das figuras que consegue construir com maestria a ponte entre vertentes do jazz, sobretudo o free jazz, e a música de concerto.

Nos anos 1960, Braxton colaborou e gravou com o AMM, grupo europeu pioneiro na busca por música desvinculada de gêneros estabelecidos, que incluía Cornelius Cardew, Keith Rowe, Lou Gare e Eddie Prévost. Também teve parcerias com Christian Wolf e Steve Lacy. Nos Estados Unidos, no mesmo período, ainda integrou a Association for the Advancement of Creatives Musicians (AACM), coletivo que contava com Jack Dejohnette, Muhal Richard Abrams, Roscoe Mitchell e Lester Bowie. Além dos precursores do free jazz, foi influenciado por compositores eruditos como Karlheinz Stockhausen e John Cage.

Multi-instrumentista, com destaque para o saxofone, Braxton estudou simultaneamente Composição e Filosofia na Roosevelt University (Chicago, EUA). Ao explorar novas possibilidades sonoras, é cuidadoso ao tratar de parâmetros como densidade, timbre, presença ou ausência de pulso, além da interação entre os músicos.


Roscoe Mitchell

Roscoe Mitchell tem um papel importante na "ressurreição" dos instrumentos de sopro de registro extremo, assim como um lugar de liderança na música contemporânea, não só como improvisador e compositor, mas também como artista solo inovador por mais de quatro décadas.

O músico gravou mais de 85 álbuns e registrou mais de 250 composições originais. Suas criações vão da música clássica à contemporânea, do mais abrasivo free jazz à mais ornada música de câmara. Foi um dos fundadores do Art Ensemble of Chicago, da Association for the Advancement of Creative Musicians (AACM), do Creative Arts Collective (East Lansing/Michigan), do Trio Space… e por aí vai.

Selo Sesc 11 anos

Em atividade há 11 anos, buscando registrar o que de melhor é produzido na área cultural, o Selo Sesc, braço fonográfico do Sesc São Paulo, constrói um precioso acervo artístico pontuado por obras de variados estilos, da música ao teatro e cinema. Por exemplo, lançou neste ano o documentário “Eduardo Coutinho, 7 de Outubro”, dirigido por Carlos Nader, e o DVD triplo “Os Náufragos do Louca Esperança”, da diretora francesa Ariane Mnouchkine. Pepeu Gomes (com Alto da Silveira), Sebastião Biano (Sebastião Biano e seu Terno Esquenta Muié), e “Coisa Fina”, do Projeto Coisa Fina, estão entre as demais novidades de 2015.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

SÃO PAULO COMEMORA O DIA MUNICIPAL DO MÚSICO

Por: Claudia Souza


Para homenagearem os músicos da cidade de São Paulo, o vereador Toninho Paiva juntamente com a Ordem dos Músicos do Brasil, realizaram uma solenidade no salão nobre da Câmara dos Vereadores em São Paulo, que reuniu aproximadamente 200 pessoas entre músicos, políticos e artistas.

Presidindo a mesa estavam o Vereador Toninho Paiva (PR), Professor Roberto Bueno, presidente do Conselho Regional da Ordem dos Músicos em São Paulo e o Deputado Arnaldo Farias de Sá (PTB) e como convidados os senhores: Gerson Tajes - Presidente do SINDMUSSP - Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo; Ribas Martins - Vice-Presidente da OMB/CRESP; Sra. Eulália Aparecida Santos Ramos - Diretora Tesoureira da OMB/CREP; Raimundo José, cantor e Conselheiro da OMB/CRESP; Roberto Luna, cantor; Vera Lucia Davenia, pianista e Conselheira da OMB/CRESP e a Diretora da Revista Metrópole Katie Sant'Anna.

A abertura do evento foi realizada com a apresentação da Banda Musical da Guarda Civil Metropolitana que também recebeu uma homenagem juntamente com os demais (foto):  Roberto Luna, Osvaldinho da Cuíca, Maestro Silvio Moreno, Expedito Moura, cantora Martinha, João de Almeida e Silva, Maria Cristina Barbato - OMB/CRESP, Gerson Ferreira Tajes - SINDMUSSP e OMB/CRESP , Walter Mana, Maestro Ricardo Rossetto Mielli, Maestro Adylson Godoy, Violonista Robson Miguel e a cantora Adriana Farias.

Entre as entidades assistenciais que o Conselho Regional da Ordem dos Músicos de São Paulo assiste com apoio operacional para o ensino musical, estavam o Grupo Terapêutico Amor e Vida, Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Instituto Santa Terezinha do Menino Jesus, Banda Jataí (Deficientes Visuais); Casa Restaura-me, Coral da OMB, entre outras que se apresentaram com seus grupos em pockets shows.

O Deputado Arnaldo Faria de Sá em sua exposição elogiou o trabalho social que a OMB/CRESP vem realizando e disse que faz tudo o que pode para ajudar a Ordem dos Músicos lá em Brasilia... "Eu quero ser testemunha aqui de um detalhe importante: O Rock In Rio aqui no Brasil só aconteceu porque o Alemão (Gerson Tajes) foi até o Rio de Janeiro e resolveu algumas pendências que estavam sendo apresentadas por cantores estrangeiros... Ele foi lutar para dar a oportunidade de se realizar um grande evento no Brasil, mas que era compensação para cantores brasileiros...Talvez ninguém saiba que você faz isso"... Disse olhando para o Presidente do SINDMUSSP e concluiu a fala agradecendo a Deus.

O Professor Roberto Bueno da OMB/CRESP fez questão de entregar o Diploma de Honra ao Mérito para Gerson Ferreira Tajes, que além de Presidente do SINDMUSSP também ocupa o cargo de Conselheiro Efetivo da Ordem dos Músicos - DF, ressaltando que Gerson será o futuro presidente do Conselho Federal da Ordem dos Músicos do Brasil. "Quero dizer que para mim é um motivo de satisfação estar representando uma categoria que esteve abandonada por mais de 40 anos e estou lutando junto com os meus companheiros, diretores e junto com a OMB. Não é fácil tirar o nome de uma instituição que estava no fundo do poço, quando se tem 99% contra, para se poder adquirir respeito e dignidade e a valorização da nossa profissão, mas em nome de Jesus eu vou vencer, junto com Roberto e junto com todos vocês..." Disse Tajes.

SITUAÇÃO DO MÚSICO TRABALHADOR NO BRASIL

Como disse Gerson Tajes em seu discurso, 99% dos músicos são contra. Devido ao desinteresse por parte do Sindicato dos Músicos de SP e da OMB/CRESP ter permanecido durante quatro décadas nas mãos de Wilson Sandoli, pouco ou quase nada foi feito em prol da categoria dos músicos ao longo dos anos.

Ao contrário de vários sindicatos e autarquias de classe, a categoria dos músicos não possui nada para chamar de seu a não ser as sedes que de uma hora para outra poderão ser vendidas para quitar as contas das instituições que passam por sérias dificuldades.

Os músicos, órfãos como se sentem, à cada dia mais, entram com pedidos de liminares na justiça pela desobrigação da apresentação da carteira de músico e do pagamento das anuidades, alegando o mau uso por parte das mesmas.

Denúncias estão sendo realizadas à todo vapor por músicos descontentes e ex-funcionários; ações judiciais de ordem trabalhista e de brigas antecedentes das lideranças em São Paulo, além de uma administração financeira sem transparência, parece aumentar ainda mais na classe dos músicos, a dúvida entre incompetência ou improbidade administrativa.

Tudo leva à crer que a falta de planejamento estratégico financeiro está deixando os cofres vazios depois do corte do recolhimento do artigo 53 (recurso advindo da receita dos shows internacionais) o que está prejudicando ainda mais a administração, que ao invés de se empenhar na busca pela defesa do músico dentro do aspecto "coletivo" e junto às esferas governamentais, acaba tendo que nadar contra a maré para tentar salvar um barco que está indo de encontro a um iceberg.

Os músicos por sua vez, como sempre, desinteressados com o que se passa a respeito da sua profissão, parecem desconhecer a luta dos antecessores para que a ATIVIDADE de músico, fosse reconhecida como PROFISSÃO. Para a nova geração, tanto faz, fazer da música uma OCUPAÇÃO e que pelo andar da carruajem, com raríssimas exceções, tornar-se à SEM FINS LUCRATIVOS. Haja vista que inúmeras casas noturnas em São Paulo têm a indecência de cobrar dos músicos para que eles toquem no espaço ao invés de pagarem cachês.

A dignidade do MÚSICO TRABALHADOR anda afetada nos últimos anos, especialmente em São Paulo, aonde as leis do silêncio, lei seca, altos índices de IPTU, inflação, crise, entre outros fatores, tiraram o espaço do músico. Para que não bastasse ainda, o regime político do Brasil, em crise, está cortando o POUCO do incentivo financeiro que apoiava a cultura na cidade, camuflando o deficit com eventos isolados que beneficiam uma pequena minoria.

Sendo assim, há muito o que se fazer EM PROL DOS MÚSICOS, mas seria necessário que A CATEGORIA decida se quer ou não continuar omissa aos seus próprios interesses.

DIA 22 DE NOVEMBRO comemora-se novamente o DIA DO MÚSICO, até lá você decide se pode ou quer colaborar, participar e contribuir para um futuro melhor com muito mais NOTAS MUSICAIS positivas na história da música brasileira.

A união faz a força, mas é necessário que haja vontade política por parte da liderança e interesse por parte dos liderados. "EM TERRA DE CEGOS, QUEM TEM UM OLHO É REI".


FOTOS:


A solenidade realizada pelo Deputado Toninho Paiva e pela Ordem dos Músicos do Brasil, sob a administração do Professor...