Por: Claudia Souza
A notícia de uma intervenção no Conselho Regional da Ordem
dos Músicos do Brasil, sob o comando do Presidente do Conselho Federal Gerson
Ferreira Tajes, abalou as estruturas emocionais e aumentou ainda mais as
suspeitas da idoneidade dos fatos ocorridos nos bastidores da autarquia
responsável pela regulamentação da profissão de músico.
Após ter recebido uma denúncia solicitando investigação
sobre possíveis situações de fraudes no Conselho Regional do Estado de São
Paulo (CRESP), o presidente Gerson Tajes designou dois membros da OMB, Srs.
Anapolino Barbosa da Silva (Conselheiro - DF) e Dr. Ricardo Antão do Nascimento
(Secretário - RN) para que viessem para São Paulo realizar uma auditoria
interna na sede do CRESP. As orientações de Tajes, foram para que tudo o que
fosse encontrado teria que ser levado para análise por uma comissão da OMB/DF.
Como foi relatado na matéria
anterior, os dois auditores desconfiaram de que Gerson Tajes estaria usando
a dupla para benefícios próprios. Os homens passaram a checar diversos fatos,
notificando o Vice-Presidente, Dr. Jesiel Motta, que tratou de convocar uma
assembleia extraordinária, sem o conhecimento de Tajes, a fim de analisar a
juntada dos documentos. Nesta altura, quase todos os funcionários e membros do
Conselho, já estavam afastados e impedidos de transitarem livremente pelas
dependências da OMB.
Segundo informações do Dr. Ricardo Antão, no momento em que
Gerson Tajes descobriu que eles não estariam mais subservientes aos seus
desejos, iniciaram-se frequentes tentativas de ameaças com telefonemas anônimos
e pessoas mostrando armas por debaixo da roupa, que segundo eles, essas pessoas
transitavam no local, além disso, passaram a temer algum tipo de represália.
Foram então chamados à retornarem para Brasília com a juntada de todos os
documentos.
A saída em caráter de emergência, do dia 25/10/16, foi programada de última hora, quando tiveram
que lacrar a porta da OMB/SP, deixando
um aviso na portaria, impedindo o acesso ao elevador que leva às
dependências do Conselho Regional.
Nesta altura, uma convocação para assembleia extraordinária foi
realizada através de anúncio
em jornal e ao chegarem em Brasília, os Srs. Jesiel Motta (Vice-Presidente
do Conselho Federal), o Dr. Ricardo Antão e o Sr. Anapolino Batista, teriam
protocolado a juntada da documentação, junto ao Ministério Público Federal e na
Polícia Federal.
Enquanto isso, na cidade de São Paulo, após a divulgação de
que a OMB teria sido lacrada, as portas foram reabertas e a sede da Ordem dos
Músicos foi ocupada novamente por Gerson Tajes, e equipe de servidores, sob o
pretexto de que a auditoria ali realizada não teria sido oficializada no Diário
Oficial e que os auditores teriam feito algum tipo de acordo com o então
Presidente afastado Roberto Bueno. Consta que pessoas viram Gerson Tajes
acompanhando os auditores na OMB/CRESP, causando estranheza, pois ele mesmo é
quem deveria mandar publicar a designação dos referidos auditores, para dar
legalidade e transparência ao ato.
Em contato com os auditores, esta redação recebeu
informações de que eles estariam protocolando os referidos documentos da
denúncia na data de hoje (27/10). Enviado posteriormente para publicação.
A informação seria de que o Presidente do Conselho Federal
da OMB, Sr. Gerson Tajes, teria sido destituído do cargo na data de hoje
(27/10), sob a justificativa de que sua carteira funcional de músico estaria
inválida.
Uma notificação extra-judicial teria sido encaminhada ao edifício em São Paulo, proibindo Gerson Ferreira Tajes de adentrar no recinto da Ordem dos Músicos - Conselho Regional do Estado de São Paulo.
MENTIRAS, FRAUDES E
FALSIDADE IDEOLÓGICA
O Professor Roberto Bueno teria participado da Assembleia
extraordinária realizada na mesma data, apresentado uma carta de próprio punho (já providenciada com antecedência e
reconhecida a assinatura em cartório na cidade São Paulo). Na carta, com a
confissão de que ocorrera um erro, existe um carimbo do 3º Cartório de Notas de
São Paulo, datado de 20/10/2016, o que comprova que a delação já estava em
andamento e que a confecção da carta havia sido premeditada pelo menos sete
dias antes da Assembleia ser realizada.
A carta serviu de instrumento para o encaminhamento do relato ao
Departamento de Polícia Federal de Brasília (protocolo datado de 27/10/2016),
em que os membros do Conselho Federal informam que a carteira de músico de
Gerson Ferreira Tajes foi fraudada, de comum acordo, com Roberto Bueno.
INFORMAÇÕES DIVERGENTES
No texto da referida carta, Roberto Bueno escreveu de
próprio punho que a sua Vice-Presidente na época, Maria Cristina Barbato, “realizou indevidamente de forma ilegal o
preenchimento das respostas da parte teórica no lugar do examinado |Gerson
Tajes|”.
PIADA
Na mesma carta, Roberto Bueno diz: “mesmo tendo conhecimento
deste fato lamentável, assinei inadvertidamente a carteira de músico”
(COMO ASSIM, INADVERTIDAMENTE, MESMO TENDO CONHECIMENTO?)
Inadvertidamente quer dizer: De modo inadvertido; de maneira
descuidada; sem cuidado ou reflexão. Mas, “mesmo tendo conhecimento?”
(Impossível de compreender).
Tais atitudes
comprovam que um Presidente do Conselho Regional de uma OMB e tesoureiro da
OMB/DF “INADVERTIDO” não pode ocupar tais cargos de tanta confiança e
responsabilidade.
(VOLTANDO AO TEXTO...)
No texto encaminhado para o Departamento de Polícia Federal –
Circunscrição Judiciária de Brasília, os interventores informam diferentemente
da carta, que a prova de habilitação foi realizada no gabinete da presidência, somente com a presença dos dois, concluindo
que Bueno admitiu ter mentido nas revelações da carta de próprio punho e que o
exame deveria ser feito por uma bancada examinadora.
Na denúncia também afirmam que alguns parceiros de Gerson Tajes
se diziam membros do PCC a fim de intimidá-los.
Na data de hoje (27/7) após a realização da assembleia,
recebemos as cópias dos documentos protocolados e da carta do presidente
Roberto Bueno.
POSSÍVEL
REVIRAVOLTA
Até o momento, recebemos apenas evidências que incriminam
Gerson Tajes e Roberto Bueno por falsidade ideológica. Também informaram que
Gerson Tajes estaria destituído do cargo de Presidente do Conselho Federal da
Ordem dos Músicos do Brasil.
SUSPEITAS NO AR
Aproximadamente 60 dias atrás ocorreu uma reunião da
diretoria da OMB/CRESP, em que o Vice-Presidente da OMB/CRESP, João Antonio
Ribas Martins Jr., relatou aos conselheiros, que haviam suspeitas de
improbidade administrativa por parte do Professor Roberto Bueno. Segundo esses
apontamentos e relatos constava:
1)
Empréstimos
programados para pagamento pela OMB/CRESP, de alguém com codinome de Carlos Adolfo, vulgo “Rato” cujas
parcelas somavam R$164.430,00;
2)
– Movimentações bancárias suspeitas;
3)
– Uso indevido de cartão corporativo;
4)
– Emissão de notas-fiscais de prestadores de
serviços superfaturadas, entre outras.
5)
– Além disso, existem provas de que automóveis
da OMB foram passados para o nome da filha do Sr. Roberto Bueno;
6)
– Além do salário de aproximadamente R$13,5 mil,
o presidente também teria participação em percentuais dos honorários negociados
pelo Advogado Helder Silveira, referente aos pagamentos do artigo 53 (alíquota da
receita de shows internacionais) com empresários e artísticos, que por lei,
tais recolhimentos deveriam ser obrigatórios e por vias fiscalizáveis, sem
nenhuma necessidade de intermediários comissionados.
As suspeitas sobre o Prof. Roberto e que originaram a
denúncia que levou o Sr. Gerson Tajes a determinar que fosse feita uma
auditoria, não foram esclarecidas até o momento, levando a crer, que algum tipo
de acordo pode ter sido realizado para proteger o suspeito. Estamos aguardando
que a equipe de auditores e o presidente da OMB/CF recém assumido Dr. Jesiel
Motta, de acordo com a Lei da Transparência 12.527/11 possa nos revelar quais foram as irregularidades
encontradas contra Bueno em São Paulo
e se acaso as denúncias publicadas na convocação de assembleia anunciada em
jornal que aponta fraudes, Subtração Financeira, Improbidade Administrativa,
entre outros, seriam infundadas.
FALTA DE FUNDAMENTO
LEGAL
Outra suspeita é o fato de uma auditoria designada por
Gerson Ferreira Tajes, enquanto presidente do Conselho Federal, não ter sido
publicada em Diário Oficial, já que se trata de uma autarquia federal cujas
denúncias seriam tão graves e passíveis de intervenção. Não teria ele a obrigação de informar ao Ministério Público Federal e os
afiliados sobre tais suspeitas? Curiosamente o comportamento é semelhante a
quando ele assumiu a presidência do Sindicato dos Músicos Profissionais do
Estado de São Paulo, aonde não contratou uma auditoria para avaliar as contas deixadas
pelo ex Wilson Sândoli, o que gerou também suspeitas graves de desvios que
podem chegar a R$4 milhões, conforme alegou Roberto Bueno no passado. Tais
balanços até hoje nunca foram publicados, mesmo com inúmeros pedidos e
solicitações desta redação. Além disso, o protagonista de toda essa farsa,
Professor Roberto Bueno, acobertou durante muito tempo esta questão e numa
ocasião de conflito pessoal com Tajes, cobrou publicamente satisfações dele;
mas também incorreu no mesmo erro em sua administração na OMB, recusando-se a
publicar um balanço detalhado de
suas contas.
A PIZZA ESTÁ
ESQUENTANDO
A única coisa capaz de acabar com temores e desconfianças
por parte dos músicos, seria a publicação detalhada de todo o relatório que deu
origem à intervenção, registrado em cartório e com todos os dados e nomes encontrados
nesta busca.
A única forma de resgatar a confiança do músico na gestão da
OMB/CRESP como do SINDMUSSP, será realizar uma auditoria externa confiável,
como sugeriu o Maestro João Carlos Martins, que disse em bom tom na Sala São
Paulo, que somente apoiaria a Ordem dos Músicos, “se ela fosse submetida a uma rigorosa auditoria externa, citando nomes
como Pricewaterhouse ou Fernando Guerra (conhecidos como os melhores auditores
do Brasil).”
Se isso ocorresse,
seria possível depois de tantas dúvidas acreditar que todos os dados ainda estarão
intactos? – Somente o novo
Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Músicos do Brasil, Dr. Leoncio
Jesiel Santos Motta, advogado criminalista é quem poderá avalizar e dirimir
todas estas dúvidas mediante a apresentação pública dos relatórios em questão.
E AGORA? SEM TOTAL
ESCLARECIMENTO PÚBLICO DE TODOS OS FATOS, COMO É QUE FICA O MÚSICO? COMO ELE ESTARIA SE SENTINDO NO MEIO DE TODA
ESSA CONFUSÃO?
Resposta: Imitando os procedimentos dos gestores afastados
da Ordem dos Músicos do Brasil, (Órgão Regulamentador da Profissão de Músico), milhares
de músicos já estão escolhendo antecipadamente o sabor de suas pizzas, apenas
ainda não sabem se degustarão quentes
ou frias se depender da demora do MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL em investigar os fatos.
Em breve, mais informações...
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