Programa Músico Empreendedor

Mostrando postagens com marcador POLÍTICA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador POLÍTICA. Mostrar todas as postagens

domingo, 12 de julho de 2015

CACHÊS DA VIRADA CULTURAL ESTÃO DESAFINADOS


















Por: Claudia Souza


A Virada Cultural que aconteceu em São Paulo nos dias 20 e 21 de junho de 2015, marcou a cidade pela preocupação em atender todas as necessidades culturais da população, mas os cachês deveriam ser mais democráticos também.

Segundo o Secretario da Cultura Nabil Bonduki, a economia com os shows internacionais proporcionou um maior aproveitamento para a verba designada aos artistas nacionais (ideia ótima). Durante a coletiva de imprensa mencionou que com o cachê de um músico estrangeiro, foi possível pagar uma roda de choro com 130 músicos se revezando por 24 horas.

Na área musical os cachês pagos entre os famosos ou seja, nomes importantes dentro da música popular brasileira não foi nada democrático.  Caetano Veloso, foi contemplado com o maior cachê, no valor de R$150 mil, seguido por Fábio Junior com R$100 mil e Daniela Mercury com R$99,5 mil, enquanto Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo e Nenê, receberam apenas R$30 mil. Pianistas famosos e tradicionais na história da música brasileira receberam em torno de R$6 mil. As bandas iniciantes e de artistas que realmente precisariam de um incentivo maior para mostrarem sua arte, não receberam mais do que R$1500,00 (a banda).

Com um orçamento de R$ 14 milhões que representa apenas 3% dos R$410 milhões liberados pela administração, segundo a Folha de São Paulo, Lenine recebeu R$90 mil, Edson Gomes R$75 mil, Nando Reis R$72 mil, Demônios da Garoa R$45 mil e Emicida R$40 mil.

Seria de bom tamanho que se pudesse equalizar os cachês de eventos como a Virada Cultural e contemplar em pé de igualdade os artistas participantes. Entendemos que alguns artistas atraem mais público do que outros, mas a Prefeitura de São Paulo deveria contemplar e valorizar os artistas locais.

São Paulo é uma cidade que penaliza os seus músicos devido a falta de estrutura e suas leis de incentivo que contemplam em grande parte a infraestrutura e em menor parte o fazedor da arte. Empresas de som, equipamentos, iluminação, enfim, recebem valores maiores do que os cachês dos artistas que lamentavelmente fazem parte do mesmo pacote de incentivo.

Na década de 80 a cidade de São Paulo dispunha de inúmeras casas de shows, boates, barzinhos e ruas inteiras com casas noturnas com música ao vivo. A criminalidade, falta de segurança, lei do silêncio, entre outros fatores, fizeram com que os músicos fossem substituídos pelo famoso karaokê, seguido de música eletrônica, com apenas um Dj recebendo para animar a festa. Logo depois, com a lei do Psiu - Programa de Silêncio Urbano da Prefeitura de São Paulo, grande parte desses bares foram desativados e pouco incentivo fiscal para abertura de novos locais com entretenimento ao vivo foi disponibilizado.

Aos músicos anônimos da cidade só resta aproveitar o espaço público, que foi uma das iniciativas aprovadas na gestão do prefeito Fernando Haddad, no dia 29 de maio de 2013, através de um decreto que regulariza as apresentações em praças, parques e ruas sem a necessidade de licença. De acordo com a lei nº 15.776, os artistas de rua não podem cobrar o público, mas podem passar o chapéu para conseguir doações sem que sejam considerados comerciantes ilegais pela polícia. Os artistas podem vender produtos de sua autoria, como CDs, DVDs livros e afins. As apresentações não podem obstruir o trânsito de carros ou pedestres, e também não podem ser patrocinadas por nenhum tipo de empresa.

Todavia, sabemos que o que mais os artistas gostariam é de ter um palco com som equivalente às suas necessidades de trabalho. Por isso, seria de bom tom que a Secretaria de Cultura de São Paulo, viabilizasse junto às demais secretarias, a humanização e reurbanização de praças, com construção de coretos capazes de abraçar os trabalhos de diversos seguimentos da arte. Essa seria uma medida paliativa para ajudar os músicos de São Paulo, mas mesmo assim ainda está longe de atender as necessidades desses músicos trabalhadores.

sábado, 6 de junho de 2015

Juca Ferreira debateu políticas culturais em Santos

"Políticas públicas não são desenvolvidas em gabinetes de repartições públicas, mas sim dialogando com a sociedade˜, afirma Juca Ferreira. (Foto de Janine Moraes)
Artistas, gestores, estudantes e fazedores de cultura de Santos participaram, na tarde desta terça-feira (2), da Roda de Conversa com o ministro Juca Ferreira, no Teatro Guarany. Também fizeram parte da roda os secretários de Políticas Culturais, Guilherme Varella, e da Cidadania e da Diversidade Cultural, Ivana Bentes, além do secretário municipal de cultura de Santos, Fábio Nunes. O objetivo do encontro foi trocar informações, debater ações e políticas culturais, além de aproximar o Ministério das demandas da população local.

No início do evento o microfone foi aberto às questões dos participantes. Foram ouvidas 23 pessoas e, entre as perguntas e pleitos, estiveram temas como ampliação de bibliotecas públicas no País, criação de centros de apoio ao escritor, criação de universidades livres de arte, políticas e investimentos direcionados aos pontos de cultura, dúvidas sobre eficácia dos editais, reestruturação da Funarte, preocupações com o corte orçamentário, entre outros.

Juca Ferreira começou seu explanação explicando o motivo de sua presença na cidade e o objetivo da Caravana da Cultura. Para ele, apenas com o diálogo é possível construir uma política pública cultural de sucesso. "Minha presença aqui não é para substituir recursos e verbas. Políticas públicas não são desenvolvidas em gabinetes de repartições públicas, mas sim dialogando com a sociedade", afirmou. "O governo tem obrigação de ir para a linha de frente dialogar com a sociedade para construirmos juntos um ambiente público de respeito no Brasil. E a cultura é projeto fundamental de desenvolvimento do País", destacou.

Em seguida, o secretário Guilherme Varella completou reforçando que o diálogo é um direito cultural e o Ministério preza por isso desde o primeiro dia de sua atuação. Também respondeu questões sobre desafios da instituição. "'É necessário culturalizar os processos educacionais, encontrar políticas concretas que sinalizem essa aproximação. E estamos num momento muito bom, com boa interlocução com o Ministério da Educação e com uma nova secretaria focada nessa questão", disse. Outro desafio apontado pelo secretário é conseguir fazer, no campo cultural, uma distribuição federativa, de forma que os repasses de recursos aconteçam de forma inteligente, com diretrizes comuns, de forma equilibrada e descentralizada. Também citou o empenho do Ministério na busca de retomar a posição de ser referencial teórico, se reaproximando das universidades. "Estamos promovendo uma série de seminários, submetendo as políticas públicas ao crivo desses pensadores, alinhando nossas pautas". Para isso, também está sendo feita uma aproximação com o IBGE, na busca de melhores informações, indicadores e pesquisas para avançar na formulação das políticas culturais com precisão.

Sobre os Pontos de Cultura, a secretária Ivana Bentes destacou a importância dos mesmos, que hoje estão presentes nos 27 estados brasileiros e em mil municípios. "Estamos começando uma nova política de apoio e estimulo aos pontos, não só em termos de recursos públicos, mas de articulação e outras políticas, principalmente sobre ocupação de espaços ociosos do Estado", disse. Ivana aproveitou para divulgar a auto declaração que pode ser feita pelos pontos de cultura para que recebam uma certificação do MinC e, assim, ainda mais reconhecimento. Sobre críticas aos editais, a secretária reforçou que se trata de uma ferramenta extraordinária de mapeamento de projetos qualificados no país. "A ideia é transformar o edital num mapa da rede cultural no Brasil, uma cartografia dos grupos culturais, para que se pense em uma política também para quem fica fora", concluiu.
Caravana da Cultura em Santos
O Ministro Juca Ferreira e sua comitiva desembarcaram em Santos logo pela manhã e se dirigiram ao Instituto Arte no Dique, Ponto de Cultura na Zona Noroeste de Santos que atende a comunidade do Dique da Vila Gilda. A entidade, que realiza oficinas e ações culturais voltadas à inclusão social e à valorização da cultura local, preparou apresentações especiais para o dia. Entre elas, uma roda de capoeira e músicas tocadas pela banda Querô, grupo formado na oficina de percussão em 2013 e que já se apresentou pelo Brasil e no exterior.

Em seguida o ministro almoçou com prefeitos da Baixada Santista e conheceu o Museu do Café, no centro da cidade. O espaço sediou a Bolsa de Café, onde as negociações do produto, principal fonte de riqueza do País na época, foram feitas até 1957. Durante a visita, o ministro visitou a sala do pregão e degustou um café na cafeteria do museu, além de conversar com visitantes e estudantes que estavam no local.

Às 14h30, os secretários Ivana Bentes e Guilherme Varella visitam o Instituto Querô, organização que utiliza o audiovisual como ferramenta para estimular talentos, promover a inclusão cultural, transmitir valores, desenvolver o empreendedorismo e dar voz a jovens que vivem em condições de alto risco social. Enquanto isso, o ministro participava de reunião prévia com secretários e autoridades da região, debatendo mudanças na Lei Rouanet, questões orçamentárias, ações e programas do Ministério.

A última etapa da caravana foi a realização da Roda de Conversa. Promovida pelo Ministério da Cultura (MinC), a Caravana da Cultura está em sua sexta edição e já passou por várias cidades do país, como Fortaleza e Região do Cariri(CE), São Luís (MA), Salvador (BA), Belo Horizonte (BH) e Recôncavo Baiano.

terça-feira, 20 de maio de 2014

SINDMUSSP QUER TRANSFERIR SUAS COMPETÊNCIAS PARA A ORDEM DOS MÚSICOS DO BRASIL

Por: Claudia Souza

Os músicos que frequentam a OMB/CRESP têm visto nos últimos dias, uma banda tocando incansavelmente às tardes, durante a semana, em frente ao prédio do Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo e da Ordem dos Músicos - SP.

Segundo o que o Sindicato dos Músicos tem divulgado nas redes sociais, o grupo de músicos são desempregados, da terceira idade e estão fazendo reivindicações.





A pergunta que não quer calar é porque o SINDMUSSP está tão preocupado em divulgar esse tipo de manifestação, uma vez que a obrigação de lutar por melhorias para os músicos de todas as idades, filiados na entidade é de sua competência?

A Ordem dos Músicos do Brasil tem por competência, apenas regulamentar a profissão do músico e avaliar se o mesmo tem ou não condições de atuar no campo profissional e de trabalho.

O Sindicato por sua vez, tem a função de fiscalizar se esse músico profissional ou trabalhador, está sendo registrado, está tendo seus benefícios recolhidos, se está ganhando o cachê estabelecido pelo próprio Sindicato e atuar junto ao Ministério do Trabalho e outras autarquias e organizações para oferecer a maior quantidade possível de benefícios aos seus afiliados.

A manifestação é um direito de qualquer categoria, mas o Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo está cometendo um engano dramático ao permitir que membros da sua diretoria participem de reivindicações pelas quais eles próprios deveriam estar trabalhando.

Ao perguntar para um dos músicos, que inclusive faz parte da diretoria do Sindicato e que está regendo a banda, por quais motivos eles estariam ali, não obtivemos resposta. Parece que nem eles próprios sabem o que estão fazendo.





Fique por dentro das ações de cada entidade:

Ordem dos Músicos do Brasil
www.ombsp.org.br
www.facebook.com/pages/Ordem-dos-Músicos-do-Brasil-Oficial

Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo
www.sindmussp.com.br
www.facebook.com/SindicatodosMusicosSP

Matérias relacionadas:

SINDMUSSP GASTOU R$ 4,3 MILHÕES EM MENOS DE UM ANO?

OMB/CRESP apóia incentivos para músicos da terceira idade


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MinC e Fundação Bienal/SP assinarão acordo


Ministra visitou a 30ª edição da mostra e se reuniu com o presidente da instituição paulista

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, visitou nesta quarta-feira (26) a 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas, no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera. Pouco antes, se reuniu com Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal, Luiz Terepins, diretor, e Rodolfo Viana, superintendente da instituição.
A ministra informou que, neste encontro, a direção da Bienal se comprometeu a enviar ao Ministério da Cultura (MinC) os resultados de uma auditoria externa que contratou para apurar pendências de 13 convênios firmados com a pasta entre 1999 e 2006, e que somam um total de R$ 33 milhões.
Será formado um grupo de trabalho no MinC, sob a coordenação da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), com o objetivo de analisar toda a documentação relativa às prestações de contas desses convênios. No ato da entrega será assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecendo responsabilidades compartilhadas entre Fundação Bienal e MinC, o que permitirá o saneamento das contas da Fundação e a consequente retirada da inadimplência. A partir de então, a Fundação poderá apresentar novos projetos com vistas à obtenção de autorizações de captação de recursos pela Lei Rouanet. Ao final do exame da documentação, o MinC apresentará o resultado à Fundação, que fará a devolução dos recursos identificados como não possíveis de certificação.
O presidente da Fundação Bienal, Heitor Martins, declarou que a análise dos resultados da auditoria que contrataram, pelo MinC, permitirá chegar a um consenso “se houve ou não danos causados nos convênios”. “Se houve, qual foi a extensão de eventuais danos para que o ressarcimento possa ser feito, no que for cabível”. Em resumo, o MinC poderá avaliar qual é a real dívida da Bienal e há a possibilidade de o pagamento ser parcelado.
“Temos interesse na melhor solução possível. A Bienal é uma das três maiores do mundo, temos esta de São Paulo, a de Veneza e a de Kassel. É de ponta, tem excelência, estimula a criatividade no nosso meio e tem um papel extraordinário na região do Mercosul, destacando os artistas brasileiros. Também tem importância em nossa posição internacional no mercado de arte e pelo fomento das artes em geral”, afirmou a ministra. Mais um ponto destacado por ela é o trabalho educativo que a Bienal desenvolve junto às crianças, e que tem conotação social relevante.

(Ascom/MinC)



*
*
*
Publicidade: