Programa Músico Empreendedor

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

AMIGAS DO SAMBA comemora 5 anos de existência


Samba do bom, tema do bem!

O Movimento Sociocultural Amigas do Samba comemora seus cinco anos de existência e também os dez anos da Lei Maria da Penha com uma série de shows que procura conscientizar as pessoas na questão da violência contra a mulher de uma forma lúdica, musical e interativa.

Temas como a violência contra a mulher, o machismo, o racismo e a desigualdade de gêneros são dos mais importantes na atual conjuntura mundial. Discuti-los em alto nível é mais do que preciso. No entanto, não é fácil abordá-los sem cair em armadilhas como tensão, tristeza e rancor. O Movimento Sociocultural Amigas do Samba conseguiu unir o útil ao agradável, abordando esses assuntos polêmicos com samba da melhor qualidade e bom-humor.

Tudo teve início dentro do grupo Amigos do Samba, criado na internet para aproximar os fãs do mais brasileiro dos ritmos. Com o tempo, surgiu a ideia de se montar uma roda de samba integrada apenas por mulheres. Sua concretização não demorou, e em agosto de 2011 vinha à tona o Amigas do Samba.

Os shows das Amigas do Samba trazem um repertório que inclui músicas pesquisadas do repertório musical brasileiro das décadas de 1920 a 1970, basicamente, com canções que exaltam e respeitam a mulher de autores como Mario Lago, Milton Nascimento, Dona Ivone Lara e outros. As integrantes do grupo também começam a criar músicas especialmente para o projeto.

Em sua nova fase, como forma de comemorar seus cinco anos de existência e também da promulgação da Lei Maria da Penha, as Amigas do Samba irão lançar material de divulgação de suas ideias que incluirá um CD com três faixas: “Maria da Penha” (Fran Zaila e Luciene Baliza), “Meu Preto” (Jacke Carvalho) e “Nome Sagrado/Brasileiras” (José Ribeiro, José Alcides e Nelson Cavaquinho/Sharylaine).

Os shows serão feitos no formato de sarau, com direito a análise das letras das músicas, depoimentos e muita interação com o público presente, além de samba do bom, é lógico. A abordagem é sempre feita de forma propositiva e positiva, não apoiando agressões de parte a parte e não incentivando qualquer tipo de violência, seja de que forma for. Paz e entendimento, sempre.

As integrantes do Amigas do Samba são experientes no quesito música e também na militância contra a violência moral, física e financeira, o assédio e a baixa autoestima.

Na série de shows que serão realizados, o público ganhará o CD, que trará em sua embalagem digipack um encarte com oito páginas contendo as letras das músicas, o texto da Lei Maria da Penha, telefones úteis e outras informações importantes sobre o tema. Esse material faz parte do projeto “Hoje é Dia de Maria! Lei Maria da Penha”, e foi concretizado em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Eis um trecho do texto, escrito por Daisy Cordeiro, que estará no encarte do CD, e que mostra o tom deste belo trabalho:

“Empenhadas em levar adiante o sonho de uma certa Maria. Uma Maria que “como outras Marias conheceu a dor, pela violência de quem lhe prometeu amor!”. Pois é, “O AMOR”....Dizer em alto e bom som a todas as mulheres do mundo: Olha, se você procura amor, fuja do caminho da dor! Quem ama, te faz sorrir, não agride ou mata! É esse, o recado que as Amigas do Samba têm pra dar!”

O primeiro show da nova fase de Amigas do Samba será no dia 18 de agosto às 20h no CEU Cantos do Amanhecer. No dia 14 de setembro, o local será o CEU Rubi. No dia 16 de setembro, está programado o show de lançamento do CD e do material de divulgação, assim como os 10 anos da Lei Maria da Penha, na Ação Educativa, no bairro de Santa Cecília (SP).

Eis o elenco de Amigas do Samba:

SUELI VARGAS – VIOLÃO E VOZ

Iniciou sua carreira em 1979. Viveu por 12 anos em Portugal atuando no complexo turístico da Ilha de Tróia, Setúbal e Porto. Cantou também para comunidades de migração portuguesa em Lion, Frankfurt, Amsterdã, Suíça e Montreaux. Fã de samba e MPB, trouxe aos palcos brasileiros espetáculos como Cartola 24hs e A Divina (sobre a carreira de Elizeth Cardoso) e Amália (sobre Amalia Rodrigues) e Na Casa da Tia Ciata, nos palcos dos Sescs de São Paulo e interior e em várias casas de espetáculos. Também integra o grupo Trovadores Urbanos.

SHARYLAINE – VOZ

A paulistana, rapper, compositora, cantora e interprete iniciou a carreira na cultura hip hop em 1986 e foi a primeira mulher brasileira a fazer registro fonográfico do rap. Atualmente finalizou seu primeiro disco solo, “Sou Soul”, composto por músicas atuais e da sua trajetória. É presidente da Frente Nacional da Mulher no Hip Hop. No grupo desde 2012.

CAMILA SILVA – CAVAQUINHO

Estudante de cavaquinho na EMESP Tom Jobim, foi integrante do grupo Toca do Coelho, PCRVG Terra Brasileira, atuante nos grupos de choro da cidade e faz parte das Amigas do Samba desde 2012.

DAISY CORDEIRO – VOZ E DIREÇÃO MUSICAL

É cantora, produtora e gestora cultural. Tem 3 CDs lançados no mercado (1999, 2005 e 2009) e prepara a pré-produção do quarto. Como produtora e diretora musical, destacam-se os seguintes espetáculos: Esquina Carioca (Casa de espetáculos Tom Brasil), Trovadores Urbanos (Estação Júlio Prestes, Teatro São Pedro e Caixa Cultural), Elba Ramalho (Canecão – Premio Visa) e como Gestora, no projeto Violão no Masp, contemplado pelo Proac ICMS. Atua nas Amigas do Samba desde sua fundação em 2011

FRAN ZAILA – VOZ

Trabalha no ramo da educação, como auxiliar administrativa. Começou suas atividades artísticas como uma das organizadoras do Sarau do B, no Bairro de Sapopemba e região, integrou como pastora o Samba do Beco de Vila Prudente, participou da gravação de sambas enredos da Escola de Samba Acadêmicos de São Jorge e G.R.C.E.S. Unidos do Peruche, integrou o coral e também foi solista do espetáculo “Pro Nosso Destino Mandar”. Está no Amigas do Samba desde sua fundação.

TIA CIDA – VOZ

É assistente social. Tem uma carreira ilustre como sambista. Lançou recentemente o CD Tia Cida dos Terreiros com grande sucesso perante a critica especializada. É a madrinha do grupo.


CRIS DO SAMBA – VOZ e DIVULGAÇÃO


Formada em Licença Plena em Pedagogia. Já exerceu funções como: Coordenadora de Eventos, Assistente Administrativo, Secretária, Prospectora de Novos Negócios, Professora Eventual no Estado. E hoje trabalha como Consultora em Planos de Saúde – Autônoma. Formação no cenário do samba:

- Agitadora cultural e Vice-presidente dos @migosdosamba.com desde 2007.

- Mediadora da roda de samba de mulheres: Amigas do samba.com.

- Divulgadora de eventos relacionados ao Samba. Via email, Redes Sociais e Revista Periferia da Ação Educativa.

- Especialista em camisetas temáticas.

Em 2012, participou da gravação do samba enredo da Escola de Samba Peruche e da gravação do CD da cantora Adriana Moreira.

Faz parte da Roda Amigas do Samba desde 2011.

JUSCILENE ALVES DA SILVA - VOZ

Pernambucana e pedagoga. Veio pra São Paulo com 5 anos de idade, teve contato direto com a música aos sete anos no Coral da Igreja São José do Ipiranga, por meio de um Projeto Social onde também estudou teoria musical e clarinete. No samba, participou por 2 anos do projeto Samba no Beco como pastora (coro). Logo mais, foi convidada a ingressar nos Amigos do Samba e nas Amigas do Samba. Hoje também integra o Terra Brasileira, projeto comunitário de resgate ao samba e sua velha guarda.

MAIETE BARROS – VOZ, TAMBORIM E SURDO

Teve sua iniciação na música aos sete anos, com aula de piano, mas na época, o ballet lhe despertou e por consequência, se apresentou como dançarina mirim em diversos programas na TV Record. Passou a atuar de vez na música aos 15 anos, interessando-se pelos instrumentos de percussão. Atualmente, toca no Bar do Alemão e no Bar Reserva com suas apresentações solo como cantora e musicista

RIBEKA SUZUKI - PANDEIRO

É Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo. Em 2013 iniciou seus estudos no curso de percussão do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí Dr. Carlos de Campos. Em junho de 2013, inicia suas atividades como brincante no Balé Popular Cordão da Terra, passando a estudar diversas manifestações populares. Um ano depois. passa a fazer parte de grupos e rodas de choro em São Paulo e em Tatuí. No Amigas do samba desde maio de 2016 .

JANA INOCÊNCIO – DESIGNER GRAFICA E REGISTRO EM FOTOS E VIDEO

Divulga através de registros fotográficos e vídeos nas redes sociais, Rodas de Samba, Show e Rodas de Choro entre outros movimentos culturais desde 2009. Integrante do Bloco de Samba Pega o lenço e Vai desde seu primeiro cortejo em 2011, registros fotográficos, vídeos e edição dos mesmos. Integrante do Movimento Cultural @migos do samba.com desde 2011, registros fotográficos, vídeos e edição dos mesmos. Integrante do Movimento Sociocultural Amigas do Samba desde 2012. Responsável pelos registros fotográficos, vídeos e edição dos mesmos, auxiliando na divulgação das apresentações, confecção de flyers e divulgação nas redes sociais.

SANDRA SCABIO (BRANQUINHA DO SAMBA)

Formada na UNIESP em hotelaria com ênfase em sustentabilidade, cursou também Gestão em Produção Cultural. Trabalhou também com elaboração de eventos sociais e corporativos. Atua nas Amigas do Samba desde 2016.

Algumas das músicas do repertório das Amigas do Samba:

1 – Maria Maria(Milton Nascimento/Fernando Brant)
2 - Cinderela No Morro(Dewett Cardoso/Jonas Garret)
3 – Dono de Ninguém(Mestre Carioca)
4 – Eu Não Sou Pano de Prato(Mário Lago/Roberto Martins)
5 - Você me Paga o que Fez(Antonio Nassara)
6 - Maria da Penha (Fran Zaila/Luciene Balisa)
7 – Nome Sagrado/Brasileiras (José Ribeiro, José Alcides e Nelson Cavaquinho /Sharylaine)
8 – Homem que é Homem Não Bate Em Mulher (Magnu Souza/Maurilio Souza)
9 – Tia Cida dos Terreiros (Ivison Pessoa/Magnu Souza)
10 – Olho Por Olho(Daniel Santos/Zé do Maranhão)
11- Minha Verdade (Dona Ivone Lara)
12 - Alvorecer(Dona Ivone Lara)
13- Bodas de Ouro (Dona Ivone Lara)
14 – Inimigos do Batente(Wilson Batista)
15 - Meu Preto (Jacke Carvalho)
16– Opinião(Julia Saragoça)
17 – Feminina/ Mulheres do Brasil(Joyce)

Shows-próximas datas:

18/8 (quinta-feira)- 20h- CEU Cantos do Amanhecer (Avenida Cantos do Amanhecer, s/nº- fone 0xx11-3397-9720

14/9 (quarta-feira)- 20h- CEU Rubi ((Rua Domingos Tarroso, nº 101- fone 0xx11-5662-9405)

16/9 (sexta-feira)- 19h30 às 22h (evento especial)- Ação Educativa (rua General Jardim, nº 660- Santa Cecília- fone 0xx11-3151-2333)



NEGROS E ALVOS - 03 DE SETEMBRO NA FREGUESIA DO Ó


Negros e Alvos é um projeto cultural multilinguagem que trabalha o binômio combate ao racismo e valorização da cultura afro brasileira. O espetáculo é musical interativo com performances de dança afro, bate papo sobre o tema e painéis expositivos da iconografia afro brasileira.
A apresentação piloto na Casa da Cultura Salvador Ligabue, Freguesia do Ó, marca o retorno de Monahyr Campos aos palcos com seus trabalhos autorais.

Negros e Alvos
Apresentação piloto na Casa da Cultura Salvador Ligabue
Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, 215, Freguesia do Ó, São Paulo
19h - abertura exposição iconográfica
20h - início do espetáculo

Faixa Etária: Livre
Entrada: Gratuita

Artista principal / idealizador: Monahyr Campos
Músicos:
Júlio Dreads
Cris Glória
Alberto Preto
Performer:Cibelle Rocha
Produção, figurino e montagem: Barbara Ivo



Histórico:
No ano de 2006, a convite de Ricardo Barbosa, Monahyr Campos assume a tarefa de compor um espetáculo teatral cujo foco fosse o combate ao Mito da Igualdade Racial.
O espetáculo teatral Negros e Alvos esteve em cartaz entre os anos 2008 e 2011 em diversos equipamentos culturais da cidade de São Paulo: Teatro Plínio Marcos, Tendal da Lapa e CCJ, além de apresentações em algumas escolas e universidades.
Na peça, dirigida por Pin Nogueira, a reflexão sobre os preconceitos disfarçados foi mostrada pela história de Benedito Ferro, um psicoterapeuta negro, com reduzida preocupação com a questão dos preconceitos velados até que seu envolvimento amoroso desencadeia um choque cultural. Em seu consultório um paciente preconceituoso aumenta a linha de tensão do argumento da peça e promove a reflexão sobre conflitos de família, status social, dinheiro, poder e sexo.
Pelo tema contemporâneo e presente nas discussões Negros e Alvos foi se desdobrando em outras frentes. Tornou se palestra. E agora ganha a versão de artes integradas onde música, dança e iconografia fazem o convite à reflexão com leveza e bom humor.

VIOLONISTA FABIO ZANON É ATRAÇÃO DA OSUSP EM SETEMBRO

O violonista Fabio Zanon será o convidado para os concertos do mês de Setembro da OSUSP – Orquestra Sinfonica da USP. Zanon será solista e regente na peça de Radamés Gnatalli, o Concerto nº 4 “à Brasileira”. O maestro também regerá Sinfonia nº 94 em Sol Maior, “Surpresa”, Hob. I-94 deFranz Joseph Haydn e Sinfonia nº3 em Lá Menor, “Escocesa”, op. 56 de Felix Mendelssohn.

As apresentações serão nos dias 02 de setembro, no Centro de Difusão Internacional da USP, às 12h30, e 04 de setembro na Sala São Paulo, às 16h.

OSUSP e Fábio Zanon
02 de setembro, sexta-feira, 12h30, Ensaio Aberto, Centro de Difusão Internacional da USP
Entrada Franca
Faixa Etária recomendada: a partir de 7 anos – Duração: 60 min – 800 lugares

Centro de Difusão Internacional da USP: Avenida Professor Luciano Martins Rodrigues, 1434 - Bloco A - Cidade Universitária – SP – SP. Em frente ao prédio da ECA.

Telefone: 11 3091 3000


04 de setembro, domingo, 16h00 , Sala São Paulo
Ingressos: de R$20,00 a R$70,00
Vendas: www.ingressorapido.com.br ou na Bilheteria da Sala São Paulo
Faixa Etária recomendada: a partir de 7 anos – Duração: 100 min – 1.484 lugares
Sala São Paulo: Praça Júlio Prestes, 16 - São Paulo, SP Telefone: 11 3223 3966

SOBRE O ARTISTA
FÁBIO ZANON

Fabio Zanon é reconhecido internacionalmente como um dos grandes violonistas da atualidade. Sua atividade como violonista, escritor, regente, professor e comunicador tem contribuído para uma mudança da percepção do violão na música de concerto. Estudou música com seu pai, teve entre seus mestres Antonio Guedes, Henrique Pinto, Edelton Gloeden e Michael Lewin, e teve forte influencia direta de Julian Bream, durante seus anos de estudante em Londres. Foi vencedor de dois dentre os maiores concursos internacionais de violão em 1996, o "Tarrega", na Espanha, e o GFA, nos EUA. Foi agraciado com o Prêmio Moinho Santista em 97, Prêmio Carlos Gomes em 2005, Prêmio Bravo! em 2010 e indicado para o Grammy Latino em 2011. É Fellow e Visiting Professor da Royal Academy of Music em Londres desde 2008. Já tocou nos maiores teatros e festivais e à frente de importantes orquestras em mais de 40 países.

SOBRE A OSUSP

A OSUSP - Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo - foi fundada em 1975 e teve como regentes titulares Camargo Guarnieri (1975-1993), Ronaldo Bologna (1993 a 2001), Carlos Moreno (2002 a 2008) e Lígia Amadio (2009 a 2011). Nestes 40 anos de existência, realizou excursão pela Alemanha, lançou oito CDs, organizou concursos de composição, participou de montagens de ópera e se apresentou com regentes e solistas de renome internacional como o tenor José Carreras, o violinista Schlomo Mintz e os pianistas Arnaldo Cohen, Yara Bernette, Roberto Szidon e Ingrid Haebler. Sua temporada anual consiste em apresentações regulares em diferentes salas de concerto e nos diversos campi da USP. Em 2006 recebeu o Prêmio Carlos Gomes de “Melhor Orquestra do Ano”.

A OSUSP é um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e tem como objetivos principais divulgar a música sinfônica e camerística, inovar em propostas educacionais e artísticas, estimular a formação de público e, sobretudo, promover a interação entre o saber produzido na Universidade e a Sociedade.

PROGRAMA
Fábio Zanon | regência/violão, Brasil

FRANZ JOSEPH HAYDN (1737-1806) – 23’
Sinfonia no 94 em Sol Maior, “Surpresa”, Hob.I-94

RADAMÉS GNATTALI (1906-1988) – 15’
Concerto no 4 “à Brasileira”

FELIX MENDELSSOHN (1809-1847) – 40’
Sinfonia no 3 em Lá Menor, “Escocesa”, op. 56

DURAÇÃO APROXIMADA: 100 MINUTOS

SOBRE AS OBRAS


Luis Leite Violonista e compositor; graduado e mestre pela Universität für Musik Wien (Viena), doutor em música pela UniRio; é responsável pelo programa de bacharelado em violão da UFJF.

FRANZ JOSEPH HAYDN (1737-1806) Sinfonia n. 94 em Sol Maior, “Surpresa”, Hob.I-94

Considerado o pai da sinfonia clássica, Joseph Haydn escreveu nada menos que 106 sinfonias ao longo de sua vida. Foi o responsável por consolidar o estilo e a forma tradicional da sinfonia em quatro movimentos e influenciou profundamente a orientação estética de gerações seguintes de compositores, como W. A. Mozart e L. V. Beethoven. Muitas de suas sinfonias receberam apelidos, como foi o caso da que ouviremos hoje, a Sinfonia n. 94 “Surpresa”, cujo nome veio a partir de um efeito sonoro presente no segundo movimento: um acorde fortissimo tocado subitamente num lugar inesperado, contrastando com o caráter suave e delicado da melodia. Já em sua época dizia-se que Haydn, conhecido por suas brincadeiras musicais, havia composto esse trecho para dar um susto em uma plateia eventualmente sonolenta, embora ele mesmo tenha admitido a seu primeiro biógrafo Georg Griesinger não ter tido essa intenção, mas sim a de apresentar ao público algo novo e interessante. "Surpresa" faz parte das sinfonias londrinas, grupo formado por suas doze últimas sinfonias que representam o ápice de sua contribuição ao gênero. Nessas obras, Haydn se revela um compositor em busca de uma nova dimensão de relevos e profundidades, um caminho trilhado incansavelmente por Beethoven alguns anos depois.

RADAMÉS GNATTALI (1906-1988) Concerto n. 4 “à Brasileira”

Não haveria ninguém melhor para realizar a difícil tarefa de simultaneamente tocar e reger o Concerto n. 4 para Violão e Orquestra "à Brasileira", de Radamés Gnattali, do que o violonista Fábio Zanon, um dos mais conceituados músicos de nosso país, que nesta tarde demonstra seu grande talento também como regente. Construindo uma atmosfera intimista, Zanon remonta um estilo de execução muito usado por Gnattali: o de reger e tocar seus próprios concertos. Tal proposta contribui para um ambiente camerístico de grande cumplicidade entre maestro/solista e orquestra, trazendo um frescor único à sala de concerto. Uma figura de enorme importância para a música brasileira, Radamés Gnattali foi um pianista virtuose e um dos principais compositores do país, transcendendo preconceitos e rompendo paradigmas de distanciamento entre as músicas erudita e popular. Seu convívio com grandes instrumentistas populares como Pixinguinha e Raphael Rabello produziu obras como o Concerto que ouviremos hoje. Composto em 1967 e dedicado a Laurindo de Almeida, o Concerto n. 4 "à Brasileira" teve sua primeira execução em Los Angeles, em 1971. O segundo movimento também possui uma história interessante: após a estreia do concerto, um dos críticos apontou que as três primeiras notas do tema desse movimento sugeriam a melodia da famosa composição de George e Ira Gershwin Summertime, ao que Radamés prontamente respondeu que havia na verdade se inspirado no choro Cochichando, de Pixinguinha.

FELIX MENDELSSOHN (1809-1847) Sinfonia n. 3 em Lá Menor, “Escocesa”, op. 56

“No crepúsculo vespertino fomos hoje visitar o palácio onde a rainha Mary Stuart da Escócia viveu e amou; se via uma pequena sala com uma escada em espiral que levava até a porta; foi ali que vieram e encontraram Rizzio naquela pequena sala, puxaram-no para fora e logo depois, onde havia um canto escuro, o mataram. A capela perto do castelo agora está sem teto; grama e hera crescem por lá, e naquele altar quebrado Mary foi coroada rainha da Escócia. Tudo ao redor está deteriorado e em ruínas, e a luz do céu brilha por cima. Acredito que encontrei hoje, nesta antiga capela o início da minha Sinfonia Escocesa" Em 1829, o prodígio Felix Mendelssohn deixou sua casa em Berlim para passar uma temporada no Reino Unido. Após sua visita a Edinburgh, Mendelssohn redigiu essa carta, descrevendo o estado emocional no qual se encontrava para começar a compor sua Sinfonia Escocesa, citando um dos eventos mais dramáticos da história desse país: a rainha Mary Stuart, grávida de 6 meses, testemunhava o assassinato de seu amante David Rizzio no Palácio de Holyrood. Foi uma viagem de impactante inspiração, mas embora tenha servido para dar início a uma obra de denso conteúdo emocional, a composição da Sinfonia Escocesa só foi concluída treze anos depois, tornando-se, apesar da sua designação como terceira, a última de suas cinco sinfonias. É uma das obras mais pessoais da produção de Mendelssohn. Ela nos permite mergulhar na sensação que ele sentiu ao visitar o Palácio de Holyrood através do tema melancólico que compôs em Edinburgh, evocando a imagem da capela em ruínas na introdução; viajar às montanhas escocesas e ouvir o vento das colinas; imaginar as gaitas de fole e seus instrumentistas vestindo Kilt com o som dos clarinetes no segundo movimento; o lirismo entrelaçado com prenúncios de batalha no terceiro; as guerras, e por fim o triunfo da vitória no último movimento Finale. Mendelssohn não era um prodígio apenas na música, também escrevia poesias e pintava extraordinariamente. Certamente seus inúmeros talentos lhe permitiram construir uma música tão descritiva que, evocando atmosferas poéticas e sensoriais, de certa forma antecipa o que virá a se tornar o Poema Sinfônico.

BANDA FINALISTA DO SUPERSTAR SE APRESENTA EM OSASCO




Nascido do site projetobandasnovas.com O primeiro estúdio da mídia tem palco aberto para novas bandas

Atendendo uma grande demanda por casas de shows e palcos acessíveis. O estúdio projeto bandas novas possui o conceito de estúdio show. Um mix de estúdio com casa de shows intimista tem até 80% de sua bilheteria revertida para as bandas. É um primeiro passo para uma profissionalização, divulgação e remuneração das bandas novas.

Neste sábado, 19 de Agosto de 2016, o estúdio Projeto Bandas Novas apresenta a banda VERSALLE. Banda de Porto Velho/RO, A Versalle é composta pelos músicos Criston Lucas (voz e guitarra) Rômulo Pacífico (guitarra), Miguel Pacheco (baixo) e Igor Jordir (bateria). Apesar da formação jovem, na faixa etária de 21 a 23 anos, a banda é muito madura musicalmente. Com um som cheio de personalidade e nuances melódicas que trafega no moderno com pitadas de retrô.

Recentemente a Versalle participou do reality musical da Rede Globo – SuperStar, onde foi finalista do programa. Aproveitou a projeção Nacional para se reinventar e seguir Avante.


Esta ação mostra a força do rock nacional, autoral com músicas cantadas em português, onde o cenário esta longo de acabar.


Serviço:
Data: 19/08
Bandas: Versalle
Abertura: Beatrix Rock e The Unknowns
Hora: 22h00
Local: Estúdio Projeto Bandas Novas
Endereço: Praça Antônio Menk, 110 centro Osasco.
Ingressos: R$20 reais. Vendas no www.clubesoingresso.com e na porta do evento.

SOBRE O ESTÚDIO


Atendendo uma grande demanda por casa de shows pequenas e palcos acessíveis para bandas novas. O estúdio projeto bandas novas possui o conceito de estúdio show. É um espaço destinado para as bandas novas e independente que procuram um local agradável e de fácil acesso para realizar seus ensaios e shows.
Os horários são fixos por hora a a banda pode levar até 80 convidados.
O Estúdio Projeto Bandas Novas tem também como intuito ajudar os músicos locais e abre suas portas 1 vez por semana para ensaios gratuitos para jovens que estudam em escola publica de osasco.
O projeto se chama BOM NA ESCOLA BOM NA MÚSICA, bastará que um integrante da banda seja matriculado em qualquer escola pública de Osasco e possuir notas “azuis” para reservar até duas horas de ensaio gratuito.
Serão todas as segundas-feiras e o período da ação não tem data de termino.
As bandas deverão agendar o horário pelo email: estudio@projetobandasnovas.com. A ordem dos agendamentos será pela ordem dos emails recebidos. Os email serão válidos apenas para a semana vigente não podendo agendar com duas semanas de antecedência.


PROJETO BANDAS NOVAS – O SITE 

O PROJETO BANDAS NOVAS nasceu de uma ideia criativa e de uma necessidade de Vinicius Alburquerque, publicitário em encontrar um baixista para a sua banda e também divulgar seu som. “Na época não achei nenhum site que oferecesse essa conexão de maneira segura e desenvolvi um site ‘que falasse’ de músico para músico”, conta.
E o que de início era um blog tornou-se um projeto mais complexo e dinâmico, que tinha por fim ajudar a formar outras bandas, novas ou incompletas: “Criei um site onde o usuário pode ver o vídeo do outro antes de convida-lo para um ensaio ou para iniciar uma banda”, conta.
Hoje o www.projetobandasnovas.com oferece uma interface inovadora que serve de plataforma de divulgação para músicos de todo o país. “O PROJETO BANDAS NOVAS consiste em um sistema de divulgação a partir de vídeos individuais enviados para o portal. A ideia é ajudar a disseminar os diversos talentos e estilos espalhados pelo Brasil, auxiliando de forma totalmente GRATUITA no encontro dos músicos com a sua nova ou próxima banda. Desenvolver este projeto me fez sentir muito bem, estamos ajudando muitos músicos a se encontrar e trocar experiências, pois para mim a criação de uma banda é apenas uma consequência”, explica Vinicius.
O site também conta com uma sessão de classificados de compra, venda ou troca de equipamentos e instrumentos sonoros, além de divulgação para profissionais como luthier, professor e roadie.
Mas não é porque conta com a participação do público que qualquer coisa entra no site. Antes de ir ao ar, todo o material postado passa pelo crivo da equipe de moderadores do PROJETO BANDAS NOVAS: “Todos os vídeos, mensagens e classificados passam por uma moderação para manter o foco dos usuários no assunto principal que é música”.
Atualmente o site recebe uma média de de 5.500 visitas únicas por mês com o tempo médio de 6 minutos e 30 segundos por visita única.


Do site para o festival

O PROJETO BANDAS NOVAS é um site destinado às bandas incompletas e/ou ainda em formação. E o FESTIVAL? Segundo Vinicius, a ideia do evento nasceu para abrir um canal para os grupos que se formaram através do site ou não. “O festival é uma oportunidade para as bandas realmente saírem do anonimato”, explica. Além disso, Vinicius reforça: "Todas as bandas que conhecemos um dia já foram NOVAS para nós. O fato do FESTIVAL PROJETO BANDAS NOVAS ter esse nome não quer dizer que as BANDAS são amadoras ou sem qualidade, muito pelo contrário, queremos trazer todos os anos 10 bandas que estão prontas para estourar e fazer sucesso”, explica.
https://www.youtube.com/watch?v=xPU_T5-qwLY


Sobre o fundador

Vinicius Pacheco de Albuquerque, 34 anos, é publicitário e jornalista que há mais de 15 anos trabalha com os mercados jovem e alternativo.
Apaixonado pela música, skate, arte e cultura urbana. Fundador da VJAL comunicação que cuida do site: www.projetobandasnovas.com, e responsável pelo departamento de comunicação de marketing da 74 entretenimento www.74e.com.br

KARIN FERNANDES APRESENTA PIANO (IN) PIECES NA SALA DO CONSERVATÓRIO


Espetáculo faz parte da série “Música Contemporânea no Conservatório”; ingressos custam R$ 25.

A quinta apresentação da série Música Contemporânea no Conservatório traz a pianista Karin Fernandes, na quinta-feira (18/8), às 20h, na Sala do Conservatório (Praça das Artes). Os ingressos custam R$ 25.

O nome do espetáculo – Piano (in)pieces – faz um trocadilho com o nome em inglês, que tanto pode significar peças para piano (piano pieces) e piano aos pedaços (piano in pieces). Durante o concerto, Karin se revezará em três instrumentos: um piano ‘normal’; um ‘preparado’, com objetos no mecanismo que fazem com que sejam criados diferentes tipos de sonoridade; e um piano de brinquedo.

“Um repensar o piano e a própria apresentação musical só é possível a partir de um novo entendimento do que se faz como pianista, sendo essa inquietação e ousadia um dos principais predicados de Karin, cuja carreira é marcada pela estreita relação com a música brasileira como um todo, e em especial, com aquela criada nos dias de hoje, tendo estreado e gravado diversas peças de compositores de nosso país”, conta Leonardo Martinelli, curador da série, que ao longo do ano traz à histórica Sala do Conservatório a rica diversidade do repertório da atualidade, em suas diferentes facetas, estilos e formações instrumentais.

No repertório de Piano (in)pieces estão obras de John Cage (The Wonderful Widow of Eighteen Springs), Mauricio Kagel (À deux mains), Stephen Montague (Mirabella), Gilberto Mendes (Estudo sobre a (lenda do caboclo), a outra), Henry Cowell (Tides of Manaunaum), Tatiana Catanzaro (Andma Shajarat al-Hayah Tanmow fi al-Sahra Yahi) e Flo Menezes (Gefäß des Geistes).

Em oito apresentações, a programação da série Música Contemporânea no Conservatório reflete a rica diversidade do repertório da atualidade, em suas diferentes facetas, estilos e formações instrumentais. A série contará com seis estreias mundiais, obras inéditas especialmente encomendadas para os concertos de Música Contemporânea.



SERVIÇO:

18/8 qui 20h
Série Música Contemporânea no Conservatório: Piano (in)pieces
Karin Fernandes, piano
JOHN CAGE The Wonderful Widow of Eighteen Springs
MAURICIO KAGEL À deux mains
STEPHEN MONTAGUE Mirabella
GILBERTO MENDES Estudo sobre a (lenda do caboclo). A outra
HENRY COWELL Tides of Manaunaum
TAIANA CATANZARO Andma Shajarat al-Hayah Tanmow fi al-Sahra Yahi
FLO MENEZES Gefäß des Geistes

* Programação sujeita a alterações.

Praça das Artes – Sala do Conservatório
Av. São João, 281– Centro – São Paulo.
Próximo às estações Anhangabaú e São Bento do Metrô
Ingressos: R$ 25 (com meia-entrada)
Capacidade: 200 lugares
Duração: Aproximadamente 60 minutos
Classificação etária: A partir de 10 anos.
www.compreingressos.com/theatromunicipaldesaopaulo
Bilheteria Sala do Conservatório – Praça das Artes
De segunda a sexta das 10h às 19h.
Sábado, domingo e feriados das 10h às 17h.
Em dias de espetáculos, até o início do evento;
Bilheteria do Theatro Municipal
De segunda a sábado das 10h às 19h.
Domingo das 10h às 17h.
Nos espetáculos à noite, até o início do evento;
Em dias de espetáculos pela manhã, a partir das 9h.

domingo, 24 de julho de 2016

Festival As 4 Estações começa em São Paulo e celebra a música instrumental com programação que vai do erudito ao eletrônico

Primeira edição do evento acontece entre os dias 21 e 24 de julho na Casa das Caldeiras, Barra Funda, com entrada gratuita.




São Paulo vive uma nova experiência musical com o Festival As 4 Estações, que celebra a música clássica e instrumental em uma programação variada, com destaque para a apresentação da Camerata Latino Americana, que irá executar “As Quatro Estações”, de Vivaldi, acompanhada por projeções de videomapping em toda a estrutura fabril e imponente da Casa das Caldeiras, na Água Branca. O festival é gratuito e o patrocínio é da empresa Syngenta.

A programação completa do Festival As 4 Estações também inclui várias outras vertentes da música instrumental. “Afrobeat, funk, soul e música eletrônica, todas estas experimentações, junto do erudito, na Casa das Caldeiras! É um evento para aquecer o inverno paulistano”, comenta Ricardo Rodrigues, curador musical do festival.

No line-up, novas bandas da atual cena brasileira. O rock lisérgico vem com o show da Aeromoças e Tenistas Russas, enquanto a cumbia, o funk carioca e outras referências latinas estão presentes nas criações do Muntchako. Nas pick-ups de Craca, o eletrônico experimental domina a sonoridade do músico e VJ e dos arranjos da Nômade Orquestra, o público vai curtir um som com traços étnicos misturado ao jazz.

No sábado, destaque para a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, que incendeia a Casa das Caldeiras com todo seu ska-reggae, e, no domingo a Orquestra Voadora envolve o público que no mesmo dia ainda será hipnotizado pelos transcendentais do grupo Pedra Branca. Oficinas artísticas também fazem parte da programação na sexta-feira.

A Camerata Latino Americana se apresenta no domingo, 24 de julho, acompanhada por projeções de mapping 360⁰ da Visualfarm, produtora brasileira pioneira no desenvolvimento de novas linguagens visuais. Música e imagens se complementarão para transformar o concerto em uma experiência sensorial única, cuja principal narrativa será a celebração da progressão da passagem das estações do ano e suas relações com o que nelas é semeado. Para Pablo Casabianca, Diretor de Assuntos Corporativos da Syngenta, “é um privilégio para nós poder participar de iniciativas culturais no Brasil, especialmente de projetos como o Festival As 4 Estações, que além da qualidade artística, destaca a relação do homem com a natureza."

Primeira apresentação da Camerata Latino Americana acompanhada pelas projeções da Visualfarm na última quinta-feira, 21 de julho. Foto: Pedro Marguerito

“O espetáculo cerca o espectador em uma ambientação completa de som, luzes, imagens, laser, efeitos especiais e projeções mapeadas. Se muitas vezes a música clássica nos induz a fechar os olhos para melhor apreciá-la, desta vez queremos proporcionar uma intensidade de experiência multisensorial, que transporte o espectador ao universo do século XVIII”, comenta Alexis Anastasiou, diretor artístico da Visualfarm.

A regente Simone Menezes completa: "o mais interessante do festival é o caráter pós-moderno que ele oferece, a criação de um ambiente jovem e inédito onde a arte visual elevará a intensidade da música, permitindo novas sensações por parte do público”.

Essa é a proposta do Festival As 4 estações, uma conexão pautada nas ilimitadas possibilidades poéticas do som e da imagem. É música instrumental para todas as temperaturas.


Confira a programação completa abaixo:
Sábado - 23/07
18h - Nômade Orquestra
20h - Black Mantra
21h – DJ Thiagão
22h - Orquestra Brasileira de Música Jamaicana

Domingo - 24/07
16h – Patricktor4 (Jardim)
17h - Aeromoças e Tenistas Russas (salão principal)
18h - Muntchako (salão principal)
18h - Orquestra Voadora (jardim)
18h - Craca (sub-solo/térreo)
19h Patricktor4 (jardim)
19H - VJ Jovem (sub-solo/térreo)19h - Pedra Branca (salão principal)
20h30 - Camerata Latino Americana com projeção de video mapping Visualfarm

SERVIÇO

Festival As 4 Estações
Data: 21 a 24 de julho de 2016
Horário: 23 de julho, às 17h e 24 de julho, às 16h
Local: Casa das Caldeiras (Av. Francisco Matarazzo, 2000, Água Branca- São Paulo - SP)
Ingresso: Grátis
Classificação Etária: Livre
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sexta-feira, 15 de julho de 2016

MICHEL TEMER CANCELA PARTE DOS SHOWS NAS OLIMPIADAS

Por: Claudia Souza

Michel Temer, presidente interino, cancelou algumas apresentações de teatro e musicais, durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Após ter destituído do cargo a antiga comissão petista do Ministério da Cultura, Michel Temer declarou que a programação cultural relativa às Olimpíadas estava seriamente comprometida, em virtude dos atrasos no cronograma e no planejamento.

Nota do Presidente:

"A nova gestão do Ministério da Cultura, encontrou a programação relativa às Olimpíadas seriamente comprometida, por atrasos no cronograma e no planejamento. Do pacote de R$ 85 milhões anunciado, apenas R$ 9.969.439 milhões estavam empenhados até maio. Parte dos investimentos previstos pela antiga gestão da Funarte estava superdimensionado e incluía a realização de obras estruturais em equipamentos sob custódia privada, com destinação de volume excessivo de recursos para um único projeto. O Ministério da Cultura vai reavaliar tais iniciativas sob o ponto de vista jurídico".

Segundo o ex- Ministro da Cultura Juca Ferreira, justificou no lançamento dos trabalhos para as Olimpíadas: - "Serão muitas pessoas mobilizadas para os Jogos, uma audiência que somada deve chegar a cinco bilhões de telespectadores, um milhão de turistas no Rio, então, é importante disponibilizar uma série de eventos para que essas pessoas estabeleçam uma relação positiva com o Brasil. Essa programação vai dar um reforço para a Olimpíada de dimensões inimagináveis, isso fica como afirmação do País", disse o então ministro, à época do evento de apresentação.De acordo com a nota de maio, os R$ 85 milhões serviriam para "contratar estrutura, pagamento de publicidade dos eventos e pagamento de cachê".

A notícia caiu como uma bomba no meio musical, só no projeto "Piano no Arpoador" se apresentariam cerca de setenta pianistas, com cachês vergonhosos de apenas R$4 mil, que comparados às contas de restaurante dos amigos do famigerado "Trust" de Eduardo Cunha, não passam de meras caixinhas, levando em conta o tempo de estudo e aperfeiçoamento que estes artistas têm que ter. 

Como é de se esperar, a situação econômica do país é caótica e o povo não sabe a verdadeira situação, haja vista a necessidade de rever contratos de valores tão pequenos, enquanto alguns, ganham cachês enormes por um único show. 

É notadamente sabido que os contratos superfaturados que devem ter sido assinados pela gestão anterior, provocariam novas pedaladas fiscais após as Olimpíadas, mas a  presidente Dilma desconhecia o desfecho do seu processo de impeachment na época. 

O fato é que o cancelamento dessas apresentações respinga nos pequenos, naqueles que produzem a arte com muitas dificuldades e são os que "pagarão o pato" dessas consequências, pois muitos cancelaram compromissos para ganhar mais em detrimento de participar das apresentações nas Olimpíadas pelo glamour histórico do evento em suas carreiras. 

Resta saber, quem arcará com o prejuízo financeiro dos artistas que perderam apresentações em virtude da reserva da data e outros que tiveram prejuízo moral, pois já vinham divulgando suas apresentações nas redes sociais e na imprensa. 

É lamentável que o evento das Olimpíadas venha carregado de tantos males como epidemias de zika vírus, riscos de ataques terroristas e agora, será apenas uma "festinha" silenciosa e anticultural, com uns poucos artistas privilegiados de cachês milionários, e  ainda teremos muita sorte se as apresentações tiverem alguma relevância cultural e qualitativa.

Ao que tudo indica, as "Medidas Antipopulares" de Temer começaram pelos artistas e até onde irão chegar? - As consequências de um mal planejamento por parte do Ministério da Cultura em sua gestão anterior, ao invés de favorecer as famosas "bases" estão complicando cada vez mais a vida de todo mundo.