Programa Músico Empreendedor

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Selo Sesc lança CDs ao vivo dos gigantes do jazz Anthony Braxton e Roscoe Mitchell

Roscoe Mitchell
Tony Braxton
Gravações aconteceram durante as duas últimas edições do Jazz na Fábrica, que reúne o melhor do gênero

Apreciadores de jazz já podem se preparar. O Selo Sesc, divisão do Sesc São Paulo, prepara para outubro o lançamento de CDs ao vivo de dois gigantes do gênero: Anthony Braxton e Roscoe Mitchell. Referências musicais desde os anos 1960 e reconhecidos internacionalmente, os americanos, ambos de Chicago, participaram do já tradicional Festival Jazz na Fábrica, que acontece no Sesc Pompeia desde 2011, e agora terão essas apresentações relembradas em discos.

Os dois CDs são “Ao Vivo Jazz na Fábrica – Roscoe Mitchell/Sustain and Run”, gravado na terceira edição do festival, em 2013, e “Ao Vivo Jazz na Fábrica – Anthony Braxton”, gravado em 2014. No primeiro, Mitchell mostra a arte do improviso e sua habilidade com a família do saxofone (do sopranino ao saxofone baixo), a flauta doce, a flauta piccolo, o clarinete e a flauta transversal.

Já o CD de Braxton traz as músicas interpretadas pelo conjunto que o acompanhou, o Anthony Braxton Quartet, composto por Mary Halvorson (guitarra e efeitos), Ingrid Laubrock (sax tenor) e Taylor Ho Bynum (trompete, flugelhorn e trombone), em uma mistura de elementos eletrônicos interativos e formas radicais presentes na música de Braxton.

O “Ao Vivo Jazz na Fábrica – Anthony Braxton” e “Ao Vivo Jazz na Fábrica – Roscoe Mitchell/Sustain and Run” custarão R$ 20,00 cada e serão vendidos nas unidades e no link http://www.sescsp.org.br/livraria. Além destes dois discos, o Selo Sesc também prepara o CD “Ao Vivo Jazz na Fábrica – William Parker”, que se apresentou este ano no festival.


Anthony Braxton

Anthony Braxton contempla um público interessado em música contemporânea, jazz e improvisação. O instrumentista gosta de ter seu trabalho caracterizado como “creative music”. Utilizando das raízes afro-americanas à música de vanguarda europeia, é uma das figuras que consegue construir com maestria a ponte entre vertentes do jazz, sobretudo o free jazz, e a música de concerto.

Nos anos 1960, Braxton colaborou e gravou com o AMM, grupo europeu pioneiro na busca por música desvinculada de gêneros estabelecidos, que incluía Cornelius Cardew, Keith Rowe, Lou Gare e Eddie Prévost. Também teve parcerias com Christian Wolf e Steve Lacy. Nos Estados Unidos, no mesmo período, ainda integrou a Association for the Advancement of Creatives Musicians (AACM), coletivo que contava com Jack Dejohnette, Muhal Richard Abrams, Roscoe Mitchell e Lester Bowie. Além dos precursores do free jazz, foi influenciado por compositores eruditos como Karlheinz Stockhausen e John Cage.

Multi-instrumentista, com destaque para o saxofone, Braxton estudou simultaneamente Composição e Filosofia na Roosevelt University (Chicago, EUA). Ao explorar novas possibilidades sonoras, é cuidadoso ao tratar de parâmetros como densidade, timbre, presença ou ausência de pulso, além da interação entre os músicos.


Roscoe Mitchell

Roscoe Mitchell tem um papel importante na "ressurreição" dos instrumentos de sopro de registro extremo, assim como um lugar de liderança na música contemporânea, não só como improvisador e compositor, mas também como artista solo inovador por mais de quatro décadas.

O músico gravou mais de 85 álbuns e registrou mais de 250 composições originais. Suas criações vão da música clássica à contemporânea, do mais abrasivo free jazz à mais ornada música de câmara. Foi um dos fundadores do Art Ensemble of Chicago, da Association for the Advancement of Creative Musicians (AACM), do Creative Arts Collective (East Lansing/Michigan), do Trio Space… e por aí vai.

Selo Sesc 11 anos

Em atividade há 11 anos, buscando registrar o que de melhor é produzido na área cultural, o Selo Sesc, braço fonográfico do Sesc São Paulo, constrói um precioso acervo artístico pontuado por obras de variados estilos, da música ao teatro e cinema. Por exemplo, lançou neste ano o documentário “Eduardo Coutinho, 7 de Outubro”, dirigido por Carlos Nader, e o DVD triplo “Os Náufragos do Louca Esperança”, da diretora francesa Ariane Mnouchkine. Pepeu Gomes (com Alto da Silveira), Sebastião Biano (Sebastião Biano e seu Terno Esquenta Muié), e “Coisa Fina”, do Projeto Coisa Fina, estão entre as demais novidades de 2015.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

SÃO PAULO COMEMORA O DIA MUNICIPAL DO MÚSICO

Por: Claudia Souza


Para homenagearem os músicos da cidade de São Paulo, o vereador Toninho Paiva juntamente com a Ordem dos Músicos do Brasil, realizaram uma solenidade no salão nobre da Câmara dos Vereadores em São Paulo, que reuniu aproximadamente 200 pessoas entre músicos, políticos e artistas.

Presidindo a mesa estavam o Vereador Toninho Paiva (PR), Professor Roberto Bueno, presidente do Conselho Regional da Ordem dos Músicos em São Paulo e o Deputado Arnaldo Farias de Sá (PTB) e como convidados os senhores: Gerson Tajes - Presidente do SINDMUSSP - Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo; Ribas Martins - Vice-Presidente da OMB/CRESP; Sra. Eulália Aparecida Santos Ramos - Diretora Tesoureira da OMB/CREP; Raimundo José, cantor e Conselheiro da OMB/CRESP; Roberto Luna, cantor; Vera Lucia Davenia, pianista e Conselheira da OMB/CRESP e a Diretora da Revista Metrópole Katie Sant'Anna.

A abertura do evento foi realizada com a apresentação da Banda Musical da Guarda Civil Metropolitana que também recebeu uma homenagem juntamente com os demais (foto):  Roberto Luna, Osvaldinho da Cuíca, Maestro Silvio Moreno, Expedito Moura, cantora Martinha, João de Almeida e Silva, Maria Cristina Barbato - OMB/CRESP, Gerson Ferreira Tajes - SINDMUSSP e OMB/CRESP , Walter Mana, Maestro Ricardo Rossetto Mielli, Maestro Adylson Godoy, Violonista Robson Miguel e a cantora Adriana Farias.

Entre as entidades assistenciais que o Conselho Regional da Ordem dos Músicos de São Paulo assiste com apoio operacional para o ensino musical, estavam o Grupo Terapêutico Amor e Vida, Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Instituto Santa Terezinha do Menino Jesus, Banda Jataí (Deficientes Visuais); Casa Restaura-me, Coral da OMB, entre outras que se apresentaram com seus grupos em pockets shows.

O Deputado Arnaldo Faria de Sá em sua exposição elogiou o trabalho social que a OMB/CRESP vem realizando e disse que faz tudo o que pode para ajudar a Ordem dos Músicos lá em Brasilia... "Eu quero ser testemunha aqui de um detalhe importante: O Rock In Rio aqui no Brasil só aconteceu porque o Alemão (Gerson Tajes) foi até o Rio de Janeiro e resolveu algumas pendências que estavam sendo apresentadas por cantores estrangeiros... Ele foi lutar para dar a oportunidade de se realizar um grande evento no Brasil, mas que era compensação para cantores brasileiros...Talvez ninguém saiba que você faz isso"... Disse olhando para o Presidente do SINDMUSSP e concluiu a fala agradecendo a Deus.

O Professor Roberto Bueno da OMB/CRESP fez questão de entregar o Diploma de Honra ao Mérito para Gerson Ferreira Tajes, que além de Presidente do SINDMUSSP também ocupa o cargo de Conselheiro Efetivo da Ordem dos Músicos - DF, ressaltando que Gerson será o futuro presidente do Conselho Federal da Ordem dos Músicos do Brasil. "Quero dizer que para mim é um motivo de satisfação estar representando uma categoria que esteve abandonada por mais de 40 anos e estou lutando junto com os meus companheiros, diretores e junto com a OMB. Não é fácil tirar o nome de uma instituição que estava no fundo do poço, quando se tem 99% contra, para se poder adquirir respeito e dignidade e a valorização da nossa profissão, mas em nome de Jesus eu vou vencer, junto com Roberto e junto com todos vocês..." Disse Tajes.

SITUAÇÃO DO MÚSICO TRABALHADOR NO BRASIL

Como disse Gerson Tajes em seu discurso, 99% dos músicos são contra. Devido ao desinteresse por parte do Sindicato dos Músicos de SP e da OMB/CRESP ter permanecido durante quatro décadas nas mãos de Wilson Sandoli, pouco ou quase nada foi feito em prol da categoria dos músicos ao longo dos anos.

Ao contrário de vários sindicatos e autarquias de classe, a categoria dos músicos não possui nada para chamar de seu a não ser as sedes que de uma hora para outra poderão ser vendidas para quitar as contas das instituições que passam por sérias dificuldades.

Os músicos, órfãos como se sentem, à cada dia mais, entram com pedidos de liminares na justiça pela desobrigação da apresentação da carteira de músico e do pagamento das anuidades, alegando o mau uso por parte das mesmas.

Denúncias estão sendo realizadas à todo vapor por músicos descontentes e ex-funcionários; ações judiciais de ordem trabalhista e de brigas antecedentes das lideranças em São Paulo, além de uma administração financeira sem transparência, parece aumentar ainda mais na classe dos músicos, a dúvida entre incompetência ou improbidade administrativa.

Tudo leva à crer que a falta de planejamento estratégico financeiro está deixando os cofres vazios depois do corte do recolhimento do artigo 53 (recurso advindo da receita dos shows internacionais) o que está prejudicando ainda mais a administração, que ao invés de se empenhar na busca pela defesa do músico dentro do aspecto "coletivo" e junto às esferas governamentais, acaba tendo que nadar contra a maré para tentar salvar um barco que está indo de encontro a um iceberg.

Os músicos por sua vez, como sempre, desinteressados com o que se passa a respeito da sua profissão, parecem desconhecer a luta dos antecessores para que a ATIVIDADE de músico, fosse reconhecida como PROFISSÃO. Para a nova geração, tanto faz, fazer da música uma OCUPAÇÃO e que pelo andar da carruajem, com raríssimas exceções, tornar-se à SEM FINS LUCRATIVOS. Haja vista que inúmeras casas noturnas em São Paulo têm a indecência de cobrar dos músicos para que eles toquem no espaço ao invés de pagarem cachês.

A dignidade do MÚSICO TRABALHADOR anda afetada nos últimos anos, especialmente em São Paulo, aonde as leis do silêncio, lei seca, altos índices de IPTU, inflação, crise, entre outros fatores, tiraram o espaço do músico. Para que não bastasse ainda, o regime político do Brasil, em crise, está cortando o POUCO do incentivo financeiro que apoiava a cultura na cidade, camuflando o deficit com eventos isolados que beneficiam uma pequena minoria.

Sendo assim, há muito o que se fazer EM PROL DOS MÚSICOS, mas seria necessário que A CATEGORIA decida se quer ou não continuar omissa aos seus próprios interesses.

DIA 22 DE NOVEMBRO comemora-se novamente o DIA DO MÚSICO, até lá você decide se pode ou quer colaborar, participar e contribuir para um futuro melhor com muito mais NOTAS MUSICAIS positivas na história da música brasileira.

A união faz a força, mas é necessário que haja vontade política por parte da liderança e interesse por parte dos liderados. "EM TERRA DE CEGOS, QUEM TEM UM OLHO É REI".


FOTOS:


A solenidade realizada pelo Deputado Toninho Paiva e pela Ordem dos Músicos do Brasil, sob a administração do Professor...



terça-feira, 29 de setembro de 2015

QUARTETO DE CORDAS DA CIDADE DE SÃO PAULO RECEBE A PIANISTA RÚBIA SANTOS EM ESPETÁCULO NA SALA DO CONSERVATÓRIO

Rubia Santos
Além da apresentação com a pianista, ainda em outubro, o grupo também apresenta peças de Haydn e Mozart em concerto da série "Conversa em Alto Nível". Os concertos acontecem na Sala do Conservatório, na Praça das Artes.

O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, em séries comemorativas dos seus 80 anos, prossegue com suas apresentações em outubro na Sala do Conservatório, localizada na Praça das Artes. Na quinta-feira (1/10), às 20h, o grupo formado por Betina Stegmann e Nelson Rios (violinos), Marcelo Jaffé (viola) e Robert Suetholz (violoncelo) recebe a pianista Rúbia Santos. Duas semanas depois, na quinta-feira (15/10), acontece o concerto de "Conversa em Alto Nível", em que o Quarteto interpreta composições de Joseph Haydn e Wolfgang A. Mozart. Os ingressos custam R$ 20, com meia-entrada.

Fundado em 1935 por Mário de Andrade, como forma de difundir a música de câmara e estimular compositores brasileiros a compor novo repertório para este gênero, o Quarteto de Cordas é considerado um dos mais importantes ensembles da América Latina. E para celebrar o aniversário de 80 anos, Betina, Rios, Jaffé e Suetholz prepararam duas séries especiais: uma com convidados e outra que confronta e destaca a relação entre obras de dois compositores.

Detalhes da Programação de outubro

Rúbia Santos, reconhecida pianista brasileira, se une ao Quarteto de Cordas para interpretar obras de Jean Sibelius, em comemoração aos 150 anos do compositor finlandês. O concerto acontece na quinta-feira (1/10), às 20h, na Sala do Conservatório, na Praça das Artes.

Para a apresentação foram escolhidos: "Quinteto em Sol Menor para Piano e Cordas" e o quarteto "Vozes Intimas", escrito durante 1909, em que cada frase vem de uma alma com quase demais para expressar.

Professora da Metro State University em Denver (EUA), Rúbia estudou com Lina Pires de Campos no Brasil. Na Alemanha, obteve o Diploma de Artista Solo da Hochschülefür Musik de Köln e concluiu seu mestrado e doutorado pela Arizona State University. Ela se dedica à divulgação da música contemporânea brasileira e norte-americana pelo mundo, além de atuar como jurada em vários concursos, como o Music Teachers National Association (MTNA) e o Internacional do Panamá.

Na quinta-feira (15/10), a série "Conversa em Alto Nível" aborda os compositores Joseph Haydn e Wolfgang A. Mozart. As obras do concerto serão: "Quarteto Op. 33, N. 5", de Haydn, e "Quarteto K. 387 em Sol Maior", de Mozart. A escolha tem inspiração na forte relação entre os compositores e suas composições. Em 1782, depois de ouvir os quartetos do Op. 33 de Haydn, Mozart escreve 6 quartetos dedicados a Haydn, sendo o primeiro do seu ciclo, o K.387, escrito na mesma tonalidade de Op. 33 N. 5.


SERVIÇOS
01/10, quinta-feira, 20h
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo
Com Rúbia Santos (piano)

Programa:

JEAN SIBELIUS
Quarteto Op. 56, "Vozes Intimas"
Quinteto para Piano e Cordas, em Sol Menor

15/10, quinta-feira, 20h
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo
Série Conversas em Alto Nível

Programa:

JOSEPH HAYDN
Quarteto Op. 33, N. 5

WOLFGANG A. MOZART
Quarteto K. 387 em Sol Maior


Praça das Artes - Sala do Conservatório
Av. São João, 281- Centro - São Paulo.
Próximo às estações Anhangabaú e São Bento do Metrô
Ingressos: R$ 20 (com meia-entrada)
Capacidade: 200 lugares
Duração: Aproximadamente 60 minutos
Classificação etária: A partir de 10 anos.
www.compreingressos.com/theatromunicipaldesaopaulo

Bilheteria Sala do Conservatório - Praça das Artes
De segunda a sexta das 10h às 19h.
Sábado, domingo e feriados das 10h às 17h.
Em dias de espetáculos, até o início do evento;
Bilheteria do Theatro Municipal
De segunda a sábado das 10h às 19h.
Domingo das 10h às 17h.
Nos espetáculos à noite, até o início do evento;
Em dias de espetáculos pela manhã, a partir das 9h.


Comemorações

"O primeiro nome do quarteto foi "Quarteto Haydn", homenageando justamente ele que é considerado o pai dos quartetos de cordas e compunha bastante para esta formação. A nossa homenagem inclui também obras do Mozart, uma vez que os dois artistas costumavam tocar juntos em grupos de quatro", conta Jaffe.

Ao longo do ano, o Quarteto receberá convidados especiais, como o violonista Fábio Zanon, que executa o "Quarteto N. 5, Op 92 em Si Bemol Maior", de Dimitri Shostakovitch, no dia 7/5; o pianista Flavio Augusto, que interpreta uma versão original de "Concerto para Piano", em transcrição original para quarteto de cordas e solista, no dia 6/8; e ainda a solista Rúbia Santos, que se junta ao quarteto para homenagear os 150 anos de nascimento de Jean Sibelius, no dia 1/10.

Ainda na série de "Convidados", Toninho Ferragutti (acordeom) e Zé Alexandre Carvalho (baixo) se juntam ao quarteto no dia 4/6, e o italiano Gaetano Nasillo - especializado em interpretação historicamente orientada - toca no dia 3/9.

Encerrando o ano, André Mehmari faz a estreia de uma obra composta especialmente para comemorar aniversário do quarteto.

Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

Considerado um dos mais ilustres ensembles da América Latina, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo foi fundado em 1935 por iniciativa de Mário de Andrade, então diretor do Departamento de Cultura de São Paulo. Inicialmente com a denominação de Quarteto Haydn, com a premissa de difundir a música de câmara e estimular compositores brasileiros à composição de novo repertório do gênero, o grupo passou a se chamar Quarteto de Cordas Municipal a partir de 1944, chegando à sua forma definitiva em 1981, como Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo.

A atual formação conta com os violinistas Betina Stegmann e Nelson Rios, o violista Marcelo Jaffé e o violoncelista Robert Suetholz, músicos de intensa atividade no cenário musical brasileiro e de prestígio internacional, que se destacam também pela atuação em concertos, recitais e atividades pedagógicas.

O Quarteto apresenta-se constantemente em várias cidades brasileiras, na América Latina, Estados Unidos e Europa, em eventos como a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha; o Festival de Música de Saragoza, na Espanha; e o Festival Internacional de Música de Morelia, no México. Realiza também intercâmbio com universidades norte-americanas, levando o repertório brasileiro àquele país em várias oportunidades.

No Brasil, além da participação nos mais importantes festivais e cursos de música, desenvolveu projetos de estímulo a jovens instrumentistas por meio de concursos e de concertos didáticos em escolas da rede pública, universidades e escolas de música. Em concertos comentados, o Quarteto apresenta o amplo repertório para a formação, inclusive o de vanguarda, promovendo o contato do público com todas as tendências e escolas de composição, como parte do projeto original do grupo, de fomento e formação de plateias. Parte significativa deste trabalho se dá com obras dedicadas ao grupo.

Recebeu em sete oportunidades o prêmio de Melhor Conjunto Camerístico da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e por três vezes o Prêmio Carlos Gomes.

MÚSICOS

Betina Stegmann - Violino

Nascida em Buenos Aires, Betina Stegmann começou os estudos de violino em São Paulo com Lola Benda, continuando-os com Erich Lehninger. Diplomou-se pela Escola Superior de Música de Colônia, onde cursou a classe de violino de Igor Ozim e a classe de música de câmara do Quarteto Amadeus. Seguiu logo após para Israel, onde se aperfeiçoou com Chaim Taub em Tel Aviv. Mais tarde frequentou cursos ministrados por Pinchas Zukerman e Max Rostal. Como recitalista e solista, apresentou-se em várias cidades do Brasil, Argentina, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Bélgica. Realizou gravações nas rádios WDR (Alemanha) e na RAI - Trieste (Itália), estreando obras de compositores contemporâneos. Ex-integrante do Quinteto D'Elas, com quem ganhou em 1998 o Prêmio Carlos Gomes na categoria de música de câmara, é spalla da Orquestra de Câmara Villa-Lobos e professora de violino na Faculdade Cantareira.

Nelson Rios - Violino

Iniciou a formação musical na Escola de Música de Piracicaba, sob orientação de Maria Lúcia Zagatto e posteriormente de Elisa Fukuda. Participou dos principais festivais de música no Brasil (Campos do Jordão, Brasília, Londrina e Curitiba) e em Mendoza, na Argentina. Bacharel em música pela Faculdade Mozarteum, graduou-se também em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Como bolsista da Fundação Vitae, frequentou a Carnegie Mellon University em Pittsburgh, EUA, em 1996. Integrou a Orquestra Sinfônica da Paraíba, de Câmara de Blumenau e a Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, entre outras. Como professor, lecionou na Escola Municipal de Música e em importantes Festivais no Brasil e no exterior. Atualmente é membro das orquestras de Câmara Villa-Lobos e Sinfônica da USP.

Marcelo Jaffé - Viola

Aos seis anos de idade, orientado pelo pai, Alberto Jaffé, Marcelo iniciou o estudo de violino. Em 1977, aos 14 anos, passou a tocar viola, ganhando, no mesmo ano, o 1º Prêmio no Concurso Nacional da Universidade de Brasília. Após aperfeiçoamento na Universidade de Illinois e no Centro de Música de Tanglewood, nos Estados Unidos, apresentou-se em vários países, participando de destacados conjuntos camerísticos e orquestrais. Atuou como Maestro da Kamerata Philarmonia e foi diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Atualmente, residindo em São Paulo, é professor de viola da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e apresentador da Rádio e TV Cultura.

Robert Suetholz - Violoncelo

Natural de Milwaukee, EUA, trabalhou sob orientação de George Sopkin e Wolfgang Laufer, do Quarteto Fine Arts, e Uzi Wiesel, do Quarteto de Cordas de Tel-Aviv, Israel. Durante o ano de 1997 obteve o seu Mestrado em Violoncelo, sob a orientação de Hans Jørgen Jensen, da Universidade de Northwestern, em Chicago (EUA). Completou seu Doutorado em Música na Universidade de São Paulo em 2011. Atuou em várias orquestras internacionais, como a Israel Sinfonietta (três anos como spalla) e a Orquestra Sinfônica de Milwaukee (EUA), entre outras. Desde 1985 reside no Brasil e foi spalla dos violoncelos das orquestras sinfônicas da USP, do Estado de São Paulo e da Sinfonia Cultura - Orquestra da Rádio e TV Cultura. É professor de violoncelo no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP.


PROGRAMAÇÃO
SÉRIE HAYDN E MOZART

Sala do Conservatório - Praça das Artes - Quintas, 20h

O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, que em 2015 comemora 80 anos, apresenta a Série Haydn e Mozart, com os quartetos destes dois mestres da música ocidental.

2/4 qui 20h

Nicolau de Figueiredo - Cravo
JOSEPH HAYDN
As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz, Op. 51

16/4 qui 20h

JOSEPH HAYDN
Quarteto Op. 33, N. 1
WOLFGANG A. MOZART
Quarteto K. 421 em Ré Menor

21/5 qui 20h

JOSEPH HAYDN
Quarteto Op. 33, N. 2
WOLFGANG A. MOZART
Quarteto K. 428

18/6 qui 20h

JOSEPH HAYDN
Quarteto Op. 33, N. 3
WOLFGANG A. MOZART
Quarteto K. 465 - Dissonante

20/8 qui 20h

JOSEPH HAYDN
Quarteto Op. 33, N. 4
WOLFGANG A. MOZART
Quarteto K. 458 - A Caça

15/10 qui 20h

JOSEPH HAYDN
Quarteto Op. 33, N. 5
WOLFGANG A. MOZART
Quarteto K. 387 em Sol Maior

19/11 qui 20h

JOSEPH HAYDN
Quarteto Op. 33, N. 6
WOLFGANG A. MOZART Quarteto K. 464

Programação sujeita a alterações.


SÉRIE CONVIDADOS

Sala do Conservatório - Praça das Artes - Quintas, 20h

Na Série Convidados, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, que em 2015 comemora 80 anos, se apresenta com artistas especialmente convidados para esta comemoração, como Fábio Zanon, Toninho Ferragutti, Fabio Augusto, Gaetano Nasillo e Rúbia Santos.


7/5 qui 20h

Fábio Zanon - Violão
DMITRI SHOSTAKOVITCH
Quarteto N. 5, Op. 92 em Si bemol Maior


4/6 qui 20h

Toninho Ferragutti - Acordeom
Zé Alexandre Carvalho - Baixo


6/8 qui 20h

Flavio Augusto - Piano
FRÉDÉRIC CHOPIN
Concerto para piano nº 1 (transcrição para quarteto de cordas e solista)
Concerto para piano nº 2 (transcrição para quarteto de cordas e solista)


3/9 qui 20h
Gaetano Nasillo - Violoncelo
LUIGI BOCCHERINI
Três Quintetos com Violoncelo


17/9 qui 20h

FELIX MENDELSSOHN-BARTHOLDY
Quarteto Op. 12 em Mi bemol Maior
R. SCHUMANN
Quarteto Op. 41, N. 1 em Lá Menor


1/10 qui 20h

Comemoração aos 150 anos de nascimento de Jean Sibelius
Rúbia Santos - Piano
JEAN SIBELIUS
Quarteto Op. 56 - Vozes Íntimas
Quinteto em Sol Menor para Piano e Cordas


10/12 qui 20h

ANDRÉ MEHMARI
Quarteto Encomendado [estreia mundial]
FRANZ SCHUBERT
Quarteto Op. Posth., em Ré Menor, D. 810 - A Morte e a Donzela


MC Garden e QN Quarteto apresentam show inédito no Sesc Vila Mariana





O show Funk Instrumentalizado une duas culturas musicais que se encontram distantes no cotidiano das pessoas: o funk e a música instrumental. Os caminhos percorridos por estes gêneros musicais ao se cruzarem propõem expor diversas provocações tanto estéticas, quanto sociais. Esta apresentação (re)inventa sonoridades, apresentando possibilidades do que o funk e a música instrumental podem ser transformados.

O paulistano MC Garden é conhecido pelo teor politizado de suas letras, trazendo à discussão temas como desigualdade social e educação. Uma das músicas mais conhecidas é “Isso é Brasil”.

Compõem o Quarteto QN (de “qualquer nota”), Caio Chiarini e Guto Andrade, nas guitarras, André Sangiovanni, no baixo, e Wagner Vasconcelos na bateria. As influências da banda vão de Hermeto Pascoal e Arrigo Barnabé a Thelonious Monk, passando por Frank Zappa, Pat Metheny e até mesmo Cindy Lauper.

SERVIÇO

Quando: 30 de setembro
Horário: 21h
Onde: Sesc Vila Mariana | Rua Pelotas,141, São Paulo – SP
Quanto: R$ 25,00 (inteira) | R$ 12,50 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante)
Evento: facebook.com/events/965147360198899
Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=FU6IAGkKIoE#t=69





quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O pianista Pablo Rossi se apresenta no Grande Auditório do MASP




























O pianista Pablo Rossi faz apresentação solo dentro da Série de Música de Câmera do Cultura Artística, no Grande Auditório do MASP, com músicas de Mozart e Chopin.

Programa:

MOZART Sonata em Fá Maior KV 280
CHOPIN Noturno op. 48 n. 2
CHOPIN 3 Estudos op. 10 n. 5, 6 e 12
CHOPIN Ballada n. 3
CHOPIN 3 Estudos op. 25 n. 1, 9 e 11
CHOPIN Noturno op. 48 n. 1
CHOPIN Scherzo n. 1

Natural de Florianópolis, Pablo Rossi venceu, aos 14 anos, a 10ª edição do Concurso Nacional Nelson Freire para Novos Talentos Brasileiros, em 2003. Desde então, atuou como solista frente à Orquestra de Câmara do Kremlin, Orquestra Sinfônica de Kirov, OSESP e Sinfônica Brasileira entre outras, além de se apresentar em mais de vinte recitais nos Estados Unidos e em vários países da Europa e América Latina.

Atualmente Pablo Rossi vive na Bélgica.

Serviço
Série de Música de Câmera do Cultura Artística
Data: 25 de Setembro
Horário: 21h.
374 lugares
Ingressos: R$ 70,00 / R$ 35,00 (meia)
Bilheteria da Sala São Paulo
Praça Júlio Prestes, 16
Horário de funcionamento:
Segunda a sexta, das 10h às 18h, ou até o início do concerto.
Pela Internet: www.ingressorapido.com.br tel:4003.1212

Local: Grande Auditório do MASP
Avenida Paulista, 1578 - Bela Vista
Informações: Fones: (11) 3256-0223

Sobre Pablo Rossi

Natural de Florianópolis, Pablo Rossi venceu aos 14 anos a 10ª edição do Concurso Nacional Nelson Freire para Novos Talentos Brasileiros, em 2003.

Conquistou seu primeiro prêmio aos sete anos de idade, no IV Concurso Jovens Intérpretes de Lages. Desde então, venceu também o Concurso Magda Tagliaferro (1998), Encuentro Internacional de Jóvenes Músicos (Córdoba/Argentina 2001) e o Concurso Internacional “Ciutat de Carlet” (Carlet/Espanha, 2002).

Atuou como solista frente à Orquestra de Câmara do Kremlin, Orquestra Sinfônica de Kirov, OSESP, Sinfônica Brasileira, Amazonas Filarmônica, OER, Orquestra Sinfônica da Bahia, do Paraná, do Sergipe, de Ribeirão Preto etc. Nos últimos anos, Pablo Rossi apresentou mais de vinte recitais nos Estados Unidos e em vários países da Europa e América Latina.

Gravou seu primeiro CD aos 11 anos de idade, com obras de Chopin, Bartók, Schumann, Tchaikovsky, Rachmaninoff, Shostakovich e Nepomuceno. Em 2008 lançou o CD “Pablo Rossi – Live at Steinway Hall”, com obras de Mozart, Villa-Lobos, Prokofiev e Chopin – gravado ao vivo em Londres.

Pablo estudou no Brasil sob orientação de Olga Kiun. É bacharel e mestre pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscou, onde estudou com Elisso Virsaladze, com patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina e do empresário Roberto Baumgart. Atualmente, Pablo vive em Bruxelas, Bélgica.

Camerata Cantareira e Projeto Guri se apresentam na Pinacoteca do Estado


A Camerata Cantareira, sob a direção de Marcelo Jaffé, em parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realiza neste domingo, dia 27/09, seu quinto concerto da Série ‘Música no Teatro da Pinacoteca’ a partir das 11 horas. Neste dia, a orquestra de câmara apresentará obras de Corelli, Britten e Villa-Lobos.

No dia 03 de outubro será a vez do Coral infantil e do Coral de familiares do projeto GURI se apresentarem. O evento começa às 10h no auditório e no pátio da Pinacoteca. O Coral Infantil do Guri, que começou em 2012, tem regência de Ana Yara Campos e apresentará músicas do folclore brasileiro, temas tradicionais portugueses e norte-americanos, além de Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Schubert, Zica Bergami, entre outros. Giuliana Frozoni rege o Coral de familiares, cujo objetivo é integrar os pais e os familiares ao desenvolvimento educacional da criança. No programa estão canções indígenas, Fernando Luiz Camara Cascudo, Luiz Gonzaga e muito mais.


A entrada para ambos os dias é gratuita e as apresentações abertas ao público.


Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz, 2 * Luz, SP * tel: 3324.1000

Posicionamento Ecad e associações de músicos sobre a ida do Procure Saber ao STF contra a ADIN

As associações de titulares de direitos autorais de música Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) esclarecem que a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), com pedido de medida cautelar em face da nova Lei 12.853/2013 que modifica dispositivos da Lei de Direitos Autorais atualmente em vigor (Lei 9.610/98), pretende mostrar ao STF que a nova lei fere princípios constitucionais, pois legitima a intervenção estatal no atual sistema de gestão coletiva de direitos autorais ao conceder ao Estado poder para interferir na gestão de uma atividade de direito privado. A nova lei viola dispositivos constitucionais de proteção à livre iniciativa, ao direito de propriedade, à liberdade de associação e à privacidade dos titulares de música.

- Três pontos detalhados:

Proteção ao direito privado e à livre iniciativa: a nova lei concede ao Estado, seja por meio do Ministério da Cultura ou por um órgão regulador a ser criado, a interferência em um patrimônio privado. A nova lei retira do titular da obra musical (autor, intérprete, músico) o direito de administrar o aproveitamento econômico decorrente da utilização de sua criação, atribuindo ao Ministério da Cultura o poder de interferir nas relações comerciais e contratuais entre titulares e usuários de música, definindo critérios de cobrança, formas de oferecimento de repertório e valores de arrecadação;

Proteção Constitucional à liberdade de associação: a Constituição concede ao cidadão o direito de se associar livremente e de criar associações de classe. Como já dito, o direito autoral é um direito patrimonial de caráter privado. A nova lei impõe a prévia habilitação e regras de funcionamento para as associações e o Ecad, interferindo diretamente na administração destas associações criadas e geridas pelos titulares. Seus regulamentos internos, sua forma de gestão, os critérios de votação de dirigentes e a própria existência da associação serão submetidos ao Estado, que terá inclusive o direito de dissolver uma associação que não esteja enquadrada nas novas regras de funcionamento estabelecidas, sem que seja necessária a inabilitação por decisão judicial; ou seja, o titular de direito autoral, principal interessado no aproveitamento econômico de sua obra, passa a ser um mero observador e cumpridor de deveres estabelecidos pelo Estado.

Proteção Constitucional à Intimidade: com a alegação de que o Estado dará mais transparência ao sistema de licenciamento de direitos autorais, a nova lei viola o direito a privacidade de um autor, tornando público e detalhado a participação do mesmo em uma obra e, possivelmente, os seus rendimentos com a mesma. O sistema atual já assegura ao titular de direitos autorais o acesso às informações na associação da qual faz parte. Além disso, a divulgação pública da informação não resulta em qualquer proteção adicional aos titulares.