Programa Músico Empreendedor

domingo, 24 de julho de 2016

Festival As 4 Estações começa em São Paulo e celebra a música instrumental com programação que vai do erudito ao eletrônico

Primeira edição do evento acontece entre os dias 21 e 24 de julho na Casa das Caldeiras, Barra Funda, com entrada gratuita.




São Paulo vive uma nova experiência musical com o Festival As 4 Estações, que celebra a música clássica e instrumental em uma programação variada, com destaque para a apresentação da Camerata Latino Americana, que irá executar “As Quatro Estações”, de Vivaldi, acompanhada por projeções de videomapping em toda a estrutura fabril e imponente da Casa das Caldeiras, na Água Branca. O festival é gratuito e o patrocínio é da empresa Syngenta.

A programação completa do Festival As 4 Estações também inclui várias outras vertentes da música instrumental. “Afrobeat, funk, soul e música eletrônica, todas estas experimentações, junto do erudito, na Casa das Caldeiras! É um evento para aquecer o inverno paulistano”, comenta Ricardo Rodrigues, curador musical do festival.

No line-up, novas bandas da atual cena brasileira. O rock lisérgico vem com o show da Aeromoças e Tenistas Russas, enquanto a cumbia, o funk carioca e outras referências latinas estão presentes nas criações do Muntchako. Nas pick-ups de Craca, o eletrônico experimental domina a sonoridade do músico e VJ e dos arranjos da Nômade Orquestra, o público vai curtir um som com traços étnicos misturado ao jazz.

No sábado, destaque para a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, que incendeia a Casa das Caldeiras com todo seu ska-reggae, e, no domingo a Orquestra Voadora envolve o público que no mesmo dia ainda será hipnotizado pelos transcendentais do grupo Pedra Branca. Oficinas artísticas também fazem parte da programação na sexta-feira.

A Camerata Latino Americana se apresenta no domingo, 24 de julho, acompanhada por projeções de mapping 360⁰ da Visualfarm, produtora brasileira pioneira no desenvolvimento de novas linguagens visuais. Música e imagens se complementarão para transformar o concerto em uma experiência sensorial única, cuja principal narrativa será a celebração da progressão da passagem das estações do ano e suas relações com o que nelas é semeado. Para Pablo Casabianca, Diretor de Assuntos Corporativos da Syngenta, “é um privilégio para nós poder participar de iniciativas culturais no Brasil, especialmente de projetos como o Festival As 4 Estações, que além da qualidade artística, destaca a relação do homem com a natureza."

Primeira apresentação da Camerata Latino Americana acompanhada pelas projeções da Visualfarm na última quinta-feira, 21 de julho. Foto: Pedro Marguerito

“O espetáculo cerca o espectador em uma ambientação completa de som, luzes, imagens, laser, efeitos especiais e projeções mapeadas. Se muitas vezes a música clássica nos induz a fechar os olhos para melhor apreciá-la, desta vez queremos proporcionar uma intensidade de experiência multisensorial, que transporte o espectador ao universo do século XVIII”, comenta Alexis Anastasiou, diretor artístico da Visualfarm.

A regente Simone Menezes completa: "o mais interessante do festival é o caráter pós-moderno que ele oferece, a criação de um ambiente jovem e inédito onde a arte visual elevará a intensidade da música, permitindo novas sensações por parte do público”.

Essa é a proposta do Festival As 4 estações, uma conexão pautada nas ilimitadas possibilidades poéticas do som e da imagem. É música instrumental para todas as temperaturas.


Confira a programação completa abaixo:
Sábado - 23/07
18h - Nômade Orquestra
20h - Black Mantra
21h – DJ Thiagão
22h - Orquestra Brasileira de Música Jamaicana

Domingo - 24/07
16h – Patricktor4 (Jardim)
17h - Aeromoças e Tenistas Russas (salão principal)
18h - Muntchako (salão principal)
18h - Orquestra Voadora (jardim)
18h - Craca (sub-solo/térreo)
19h Patricktor4 (jardim)
19H - VJ Jovem (sub-solo/térreo)19h - Pedra Branca (salão principal)
20h30 - Camerata Latino Americana com projeção de video mapping Visualfarm

SERVIÇO

Festival As 4 Estações
Data: 21 a 24 de julho de 2016
Horário: 23 de julho, às 17h e 24 de julho, às 16h
Local: Casa das Caldeiras (Av. Francisco Matarazzo, 2000, Água Branca- São Paulo - SP)
Ingresso: Grátis
Classificação Etária: Livre
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sexta-feira, 15 de julho de 2016

MICHEL TEMER CANCELA PARTE DOS SHOWS NAS OLIMPIADAS

Por: Claudia Souza

Michel Temer, presidente interino, cancelou algumas apresentações de teatro e musicais, durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Após ter destituído do cargo a antiga comissão petista do Ministério da Cultura, Michel Temer declarou que a programação cultural relativa às Olimpíadas estava seriamente comprometida, em virtude dos atrasos no cronograma e no planejamento.

Nota do Presidente:

"A nova gestão do Ministério da Cultura, encontrou a programação relativa às Olimpíadas seriamente comprometida, por atrasos no cronograma e no planejamento. Do pacote de R$ 85 milhões anunciado, apenas R$ 9.969.439 milhões estavam empenhados até maio. Parte dos investimentos previstos pela antiga gestão da Funarte estava superdimensionado e incluía a realização de obras estruturais em equipamentos sob custódia privada, com destinação de volume excessivo de recursos para um único projeto. O Ministério da Cultura vai reavaliar tais iniciativas sob o ponto de vista jurídico".

Segundo o ex- Ministro da Cultura Juca Ferreira, justificou no lançamento dos trabalhos para as Olimpíadas: - "Serão muitas pessoas mobilizadas para os Jogos, uma audiência que somada deve chegar a cinco bilhões de telespectadores, um milhão de turistas no Rio, então, é importante disponibilizar uma série de eventos para que essas pessoas estabeleçam uma relação positiva com o Brasil. Essa programação vai dar um reforço para a Olimpíada de dimensões inimagináveis, isso fica como afirmação do País", disse o então ministro, à época do evento de apresentação.De acordo com a nota de maio, os R$ 85 milhões serviriam para "contratar estrutura, pagamento de publicidade dos eventos e pagamento de cachê".

A notícia caiu como uma bomba no meio musical, só no projeto "Piano no Arpoador" se apresentariam cerca de setenta pianistas, com cachês vergonhosos de apenas R$4 mil, que comparados às contas de restaurante dos amigos do famigerado "Trust" de Eduardo Cunha, não passam de meras caixinhas, levando em conta o tempo de estudo e aperfeiçoamento que estes artistas têm que ter. 

Como é de se esperar, a situação econômica do país é caótica e o povo não sabe a verdadeira situação, haja vista a necessidade de rever contratos de valores tão pequenos, enquanto alguns, ganham cachês enormes por um único show. 

É notadamente sabido que os contratos superfaturados que devem ter sido assinados pela gestão anterior, provocariam novas pedaladas fiscais após as Olimpíadas, mas a  presidente Dilma desconhecia o desfecho do seu processo de impeachment na época. 

O fato é que o cancelamento dessas apresentações respinga nos pequenos, naqueles que produzem a arte com muitas dificuldades e são os que "pagarão o pato" dessas consequências, pois muitos cancelaram compromissos para ganhar mais em detrimento de participar das apresentações nas Olimpíadas pelo glamour histórico do evento em suas carreiras. 

Resta saber, quem arcará com o prejuízo financeiro dos artistas que perderam apresentações em virtude da reserva da data e outros que tiveram prejuízo moral, pois já vinham divulgando suas apresentações nas redes sociais e na imprensa. 

É lamentável que o evento das Olimpíadas venha carregado de tantos males como epidemias de zika vírus, riscos de ataques terroristas e agora, será apenas uma "festinha" silenciosa e anticultural, com uns poucos artistas privilegiados de cachês milionários, e  ainda teremos muita sorte se as apresentações tiverem alguma relevância cultural e qualitativa.

Ao que tudo indica, as "Medidas Antipopulares" de Temer começaram pelos artistas e até onde irão chegar? - As consequências de um mal planejamento por parte do Ministério da Cultura em sua gestão anterior, ao invés de favorecer as famosas "bases" estão complicando cada vez mais a vida de todo mundo. 


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais reúne mais de 100 gestores da Cultura

Foto: Divulgação
Na quinta-feira, 23 de junho no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, foi lançado o Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais, que reuniu cerca de 100 gestores culturais de vários estados do Brasil. No encontro, o coletivo já realizou a sua primeira reunião de trabalho com o objetivo de estabelecer uma agenda comum para o setor e fornecer subsídios para a centralidade da cultura nas políticas públicas do país.

O grupo reúne organizações, instituições, coletivos e associações representativas do setor cultural (música, artes cênicas, artes visuais, literatura, audiovisual, arquitetura, game, design, promoção de direitos, entre outras áreas), além de museus, galerias, orquestras, instituições culturais e bibliotecas. Juntos, irão atuar no diálogo com as diferentes instâncias de governo, classe política e com a sociedade para estabelecer diretrizes e ampliar o desenvolvimento do setor. O Fórum representa parte importante do mundo da cultura e será um polo ativo de defesa da produção cultural e de políticas públicas em torno do tema.

Um dos pontos centrais da agenda será a mobilização para que órgãos competentes criem indicadores sobre a economia da cultura. Hoje não existem dados precisos sobre o número de empregos gerados, participação no PIB, recursos investidos, impostos recolhidos e outros dados fundamentais para situar a cultura no cenário econômico brasileiro.

A existência de um consistente programa de formação, difusão e fomento ao artista também foi palco de debate no encontro. Nesse sentido, constatou-se a necessidade da reformulação da Fundação Nacional de Artes (Funarte) com objetivo de garantir sua presença nacional, ter um quadro qualificado e valorizado de profissionais e recursos financeiros capazes de atender à demanda das artes - além de uma política perene e que gere legado para o campo artístico.

Outra pauta desse Fórum é a busca pelo reconhecimento da profissão de gestor cultural junto ao Código Brasileiro de Ocupações (CBO), tendo em vista a existência de milhares de profissionais dedicados a esta atividade no mercado de trabalho, além da profunda necessidade de um amplo programa de educação e de qualificação profissional para o mundo da cultura.

O Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais também se propõe a levar adiante a discussão em torno da melhoria e de avanços para a Lei Rouanet. A plataforma foi fundamental ao longo dos últimos 25 anos para fortalecer o sistema da cultura e viabilizar a atividade, mas percebe-se que a Lei deve ser aprimorada e potencializada para que se aprofundem seus princípios ​​democráticos, ​ampliando recursos para atender ainda mais e melhor aos diversos segmentos, bem como a todas as regiões do país. Entre pontos essenciais para a sua reformulação estão: aprimorar sua governança; gestão eficaz, definitiva implantação do FICART e fortalecimento do FNC.  

Ainda é foco de atuação do Fórum criar um conjunto efetivo de propostas para serem levadas aos candidatos às prefeituras e às câmaras dos principais municípios do país. Com a proximidade das eleições e pelo fato de que o espaço das cidades é determinante para ações artísticas e culturais, torna-se fundamental a compreensão dos gestores públicos sobre a necessidade de implantação de sólidas políticas culturais.

O Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais criou grupos de trabalho para aprofundar as discussões dos temas acima e que apresentarão propostas - tendo como objetivo despertar na sociedade e no poder público a importância da cultura como campo de formação, plataforma de geração de emprego e renda, apoio à construção de pensamento crítico, exercício da cidadania e de desenvolvimento socioeconômico do país. Nesse contexto, é de alta importância que a centralidade da cultura nas políticas públicas seja compreendida como um novo paradigma para uma real transformação do Brasil.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Alma de Batera lança campanha #bateaqui



Ação conta com apoio dos músicos Di Ferrero, Emicida, João Barone, Eloy Casagrande, Marco Tulio e Gustavo Bertoni

O Alma de Batera, projeto que oferece aulas de bateria para pessoas com algum tipo de deficiência, quer mostrar todo seu ritmo aos paulistanos com o lançamento da campanha #bateaqui.

Para isso, conta com a participação de seus alunos que serão protagonistas da ação de marketing ao lado de um time de feras da música composto por Di Ferrero (NX Zero), o rapper Emicida, João Barone (Os Paralamas do Sucesso), Eloy Casagrande (Sepultura), Marco Tulio (Jota Quest) e Gustavo Bertoni (Scalene).

O resultado já pode ser conferido nas peças publicitárias, criadas pela agência Fess`Kobbi, expostas em 100 abrigos de ônibus da capital paulista, em 8 mil pontos de Elemidia e nas redes sociais do projeto (Facebook, Twitter, Instagram e YouTube). Além de dar maior visibilidade, a campanha será o início de uma nova fase do projeto, com o lançamento da nova logomarca, divulgação do novo site, postagem de novos conteúdos nas redes sociais, e assim, conscientizar mais pessoas para a questão da inclusão e atrair mais apoiadores para futuras parcerias.

"O objetivo sempre é sensibilizar o público em geral sobre a importância da inclusão e o poder que a música tem de estimular e incentivar o potencial e autoestima de pessoas com deficiência", diz Paul Lafontaine, idealizador do Alma de Batera. A intenção é lançar outros banners com a participação de outros artistas que apoiam o projeto.

O Alma de Batera foi criado em 2008 e, ao longo de seus oito anos, já atendeu de forma independente mais de 300 alunos na cidade de São Paulo, em instituições como Centro Cultural São Paulo, Biblioteca Mario Schenberg, Sesc Vila Mariana e Associação para o Desenvolvimento Integral do Down (Adid).

Além de contar com o engajamento dos alunos e familiares, de grandes nomes da música e de voluntários, o projeto busca parcerias com empresas e outras entidades. Os interessados podem acessar o site www.almadebatera.org.br.

Mais sobre a Fess`Kobbi: Localizada em São Paulo, a agência de comunicação Fess´Kobbi possui treze anos de experiência no mercado e atende hoje cerca de 20 clientes nos segmentos de serviços, produtos, educação, automotivo, imobiliário e social.

Conhecidos por seus cases de sucesso, a agência também se destaca no mercado com o CDT (Centro de Tudo), um centro de pesquisas interno que cria indicadores de desempenho para campanhas e faz análises de performance em tempo real, potencializando o resultado dos clientes. Com a metodologia, os clientes podem acompanhar os resultados online e de diferentes plataformas.


Fess´Kobbi:
Rua Triunfo, 51 – São Paulo
Telefone: (11) 3364-0350 - www.fesskobbi.com.br

PREOCUPADA COM LEI ROUANET, FUNDO NACIONAL DA CULTURA PASSA DESPERCEBIDO PELA POLÍCIA FEDERAL

Por: Claudia Souza



Segundo a polícia federal algumas empresas beneficiados pela Lei Rouanet, superfaturavam orçamentos, apresentavam notas fiscais de serviços e produtos fictícios, simulação, duplicavam projetos e davam contrapartida de listas das incentivadoras.

Até agora desponta como um dos líderes da corrupção cultural, o Grupo Bellini Cultural.

Segundo consta, a empresa usufruiu do patrocínio favorecido pela Lei Rouanet para promover festas privadas, lançar livros institucionais, que nada tem a ver como a promoção cultural aberta para a sociedade, beneficiando apenas algumas pessoas.

Para se ter uma ideia, os recursos que teriam que ser gerados para produção de um projeto intitulado "Caminhos Sinfônicos", foram utilizados para pagar despesas do casamento de Felipe Amorim, filho do dono do Grupo Bellini.

Segundo a polícia federal, foram desviados R$180 milhões, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (desde 2001).

Foi o Ministério da Cultura quem encaminhou o caso para a Controladoria Geral da União, que segundo matéria na Folha de São Paulo, ainda não se sabe se a pasta tinha conhecimento da extensão das fraudes. Até o momento, foram cumpridos 14 mandados de prisão temporária e 37 busca e apreensão.

A lei Rouanet de nº 8.313, foi sancionada Fernando Collor de Mello em 1991, e visa instituir mecanismos de captação de recursos para o setor cultural, através da qual, o governo federal permite que as empresas e pessoas físicas, descontem do Imposto de Renda, valores diretamente repassados para iniciativas culturais.

Após o fazedor de Cultura enviar o seu projeto, o MINC analisa a documentação e encaminha para um parecerista que analisa a viabilidade técnica e financeira. Caso haja necessidade, serão feitos ajustes no projeto, que em seguida será encaminhado para o CNIC - Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, que é composto de um grupo de representantes de artistas, empresários e sociedade civil. Quando o projeto é aprovado, o artista vai procurar empresas que queiram investir em troca de isenção fiscal.

As empresas que patrocinam esses shows o fazem em forma de doação e esse dinheiro que iria para o imposto de renda é utilizado para promover a cultura.

Muitos pensam que o dinheiro usado para Patrocínio sai do governo, mas na verdade ele deixa de entrar para os cofres públicos como imposto, em contrapartida, o que a maioria das pessoas desconhecem é que nos shows realizados "com honestidade e sem fraudes" o governo arrecada impostos pagos pelos artistas e pelas empresas envolvidas na produção do evento (aproximadamente 25% do valor aprovado), pois todos os projetos, contêm em suas planilhas orçamentárias, a previsão de pagamentos de impostos.

Segundo a Receita Federal, a renúncia fiscal correspondente a lei de incentivo à cultura, em 2016 será de aproximadamente um R$ 1,3 bilhão.

O que a Controladoria Geral da União ainda não se atentou é que pode existir um rombo ainda maior, que é o Fundo Nacional de Cultura, que existe, é pouco divulgado e não possui nenhum tipo de fiscalização quanto à sua utilização.

O Fundo Nacional da Cultura (FNC) foi criado pela Lei 8.313/1991, a Lei Rouanet. Ele deve garantir a oferta de apoios financeiros em linhas de incentivo que se comprometam com a descentralização regional, setorial e estética, abarcando as mais variadas expressões culturais brasileiras, potencializando toda a rede produtiva e promovendo a liberdade de criação.

O orçamento do FNC – Fundo Nacional de Cultura, cujos recursos provêm do Tesouro Nacional, de doações e legados, da arrecadação de concursos e loterias federais, dentre outros – é direcionado a partir do planejamento e da decisão colegiada de todas as unidades e instituições vinculadas do MinC, com prioridade para realização de seleções públicas com comissões representativas, independentes e específicas, habilitadas a avaliar o mérito artístico-cultural e o caráter multiplicador das propostas concorrentes. 

As seleções têm como foco projetos com menos possibilidade de realização com recursos próprios ou a partir da captação de recursos do mercado, ou seja, àqueles artistas iniciantes e portanto, sem muita expressão artística. O apoio se dá através de convênios, prêmios, subsídio para intercâmbios culturais ou bolsas.

Seguindo os preceitos do Sistema Nacional de Cultura (SNC), que pressupõe a ação conjunta dos entes da federação (governos federal, estadual e municipal), o Fundo Nacional da Cultura deverá ainda operar ações descentralizadas com estados e municípios, de modo a dar mais potência aos resultados com a articulação dos investimentos.

Tendo em vista estas informações, seria conveniente que a Controladoria Geral da União, também verificasse em que está sendo empregado o percentual das loterias federais,  que deveriam ser aplicados em incentivos para os artistas que realmente precisam de incentivo.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

MPF em São Carlos/SP exige que OMB/CRESP pare de exigir nota contratual

Autarquia vem exigindo de estabelecimentos comerciais com música ao vivo o documento que obriga músicos a possuírem registro e pagarem anuidades à Ordem.

O Ministério Público Federal em São Carlos, interior de São Paulo, ajuizou ação civil pública, em caráter liminar, contra o Conselho Regional da Ordem dos Músicos em São Paulo pedindo que a autarquia pare de exigir de proprietários de estabelecimentos comerciais que apresentem música ao vivo o documento denominado "nota contratual". Para ser validada, a nota exige que o músico possua registro na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) e esteja em dia com o pagamento das anuidades.

Conforme comunicação feita por músicos e empresários do ramo em São Carlos, representante do Conselho comparece a estabelecimentos comerciais que contratam músicos exigindo o documento. Caso o empresário não apresente a nota, o fiscal informa que o local não pode apresentar música ao vivo e ainda cobra multa de R$ 2,5 mil por músico que esteja se apresentando no local.

Segundo a ação proposta pelo MPF, a exigência de apresentação da nota contratual gera o cerceamento à atuação profissional dos músicos, contrariando a Constituição de 1988, que consagrou como direito fundamental tanto a liberdade de expressão artística, como a de exercício de qualquer trabalho ou profissão.

Em 2005, a Procuradoria da República em São Carlos já havia entrado com ação civil pública para impedir que a OMB exigisse que os músicos tivessem registro em seus quadros para poderem exercer a profissão. Conforme acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) para o pleito, a lei não exige o registro na OMB de todo e qualquer músico para o exercício da profissão, mas apenas àqueles que estão sujeitos à formação acadêmica sob controle e fiscalização do Ministério da Educação, e que atuam em áreas nas quais a aferição da habilitação técnica e formação específica seja imprescindível à atividade profissional.

Desta maneira, o TRF-3 entendeu que músicos que atuam em bares, restaurantes, festas e ambientes congêneres não desempenha atividade que exija técnica e habilitação profissional que estaria sob controle e fiscalização da OMB. Portanto, nestes casos, não existe risco social no exercício da profissão, que justificasse a necessidade da exigência de escolaridade e consequente registro e controle pela Ordem. Para o procurador da República Ronaldo Ruffo Bartolomazi, responsável pela ação, a exigência da nota contratual pela OMB é uma nova tentativa da autarquia para compelir os músicos a se filiarem, violando o que já foi julgado na ação de 2005.

PEDIDOS. O MPF pede em caráter liminar que o Conselho Regional da Ordem dos Músicos em São Paulo deixe de exigir dos estabelecimentos contratantes de músicos a nota contratual, abstendo-se igualmente de autuá-los em virtude de sua não apresentação, sob pena de multa diária de R$ 100 mil para cada descumprimento. O réu também deve suspender todas as notificações emitidas a partir de 27 de julho de 2011 e publicar a decisão judicial da liminar em jornal de circulação local, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por não cumprimento ou descumprimento injustificado. A incidência das multas deve contemplar o patrimônio do presidente do Conselho, Roberto Bueno, ou quem lhe faça as vezes.

O número da ação é 0002158-35.2016.4.03.6115. Clique aqui para ler a íntegra. A tramitação pode ser consultada em http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/.

Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Estado de S. Paulo

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Daniel Boaventura faz show em clima de Dia dos Namorados

Destaque para a interpretação de músicas de Roberto Carlos, como Olha, Como Vai Você? e Como é Grande

o Meu Amor por Você. Espetáculo traz, ainda, canções que irão integrar DVD previsto para o final de 2016

O cantor e ator Daniel Boaventura preparou repertório especialmente dedicado aoDia dos Namorados para acrescentar ao roteiro do espetáculo Love is in the Air, a ser apresentado nos dias 10, 11 e 12 de junho, sexta, sábado e domingo, às 21h, noTheatro Net São Paulo. O roteiro da apresentação privilegia temas românticos, comoFeelings, Love Me Tender, Kiss And Say Goodbye e a nova versão de Besame Mucho, tema da personagem Diana (Patricia Fantin), na novela da TV Globo Êta Mundo Bom!Um dos pontos altos do show é a homenagem do artista ao rei Roberto Carlos. Daniel irá interpretar músicas como Olha, Como Vai Você? e Como é Grande o Meu Amor Por Você.

O show Love Is In The Air traz novidades no repertório: novas canções que farão parte do DVD com lançamento previsto para o final de 2016, como Blurred Lines (Robin Thicke), Locked Out Of Heaven (Bruno Mars) e Sugar (Maroon 5). Na parte final do show, que é mais agitada, tem releituras dance de Moves Like Jagger, September,Never Can Say Goodbye, Can’t Take My Eyes Of You e Last Dance. Romântico, Daniel Boaventura também quer o público todo de pé e dançando até o término da apresentação.

SERVIÇO:
Daniel Boaventura – Love Is In The Air
Theatro NET São Paulo – Shopping Vila Olímpia, 5º andar - Rua Olimpíadas, 360.
Data: 10, 11 e 12 de junho, sexta, sábado e domingo.
Horários: 21h
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos